Analisando-se a evolução das exportações de carne de frango (produto in natura, exclusivamente) dos dois líderes mundiais do setor, Brasil e EUA, constata-se que o volume total por ambos exportado tem permanecido estável no decorrer do tempo
Ou, pelo menos, a partir de meados de 2012, quando as exportações de ambos se aproximaram, pela primeira vez, da marca dos 7 milhões de toneladas/ano. Desde então esse volume permanece sem maiores alterações.
Nos doze meses encerrados em abril de 2010, Brasil e EUA exportaram, juntos, 6,228 milhões de toneladas de carne de frango (o Brasil, 52,2%; os EUA, 47,8%), volume que, cerca de 24 meses depois subiu para 6,976 milhões de toneladas, aumento de 12% (a participação dos dois países permaneceu praticamente a mesma de 2010).
Foi o último aumento sensível, pois a partir de meados de 2012 – ou seja, nos últimos 8 anos – as exportações brasileiras e norte-americanas anualizadas e somadas registraram variações máximas de 3% e 5% abaixo e acima da média do período (6,942 milhões de toneladas), índices indicadores da grande estabilidade observada no desempenho dos dois grandes exportadores.
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Por sinal, o maior valor já observado na somatória dos dois países foi registrado agora em março (último dado mensal divulgado pelo USDA), ocasião em que o volume acumulado em 12 meses por EUA e Brasil juntos somou 7,3 milhões de toneladas.
Este último resultado representou aumento de pouco mais de 5% em relação ao que se exportou 10 anos antes, nesta mesma ocasião. E, de acordo com dados do próprio USDA, nos últimos 10 anos as exportações mundiais de carne de frango aumentaram pelo menos um terço. Quer dizer: a expansão está ocorrendo fora desse bloco.
Ah, sim: comparativamente ao mix de 10 anos atrás, o Brasil registrou ligeira melhora, já que no primeiro trimestre de 2020 respondeu por pouco mais de 54% do total exportado pelos dois países (52,2% em 2010). Mas esse índice sofreu deterioração nos últimos tempos: quatro anos atrás, em 2016, representou 58% do total.
Por Avisite
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