O frango inteiro, que uma década atrás chegou a responder por mais de um terço da receita cambial da carne de frango brasileira, agora está com essa participação reduzida a pouco mais de um quinto (queda de quase 33%), já que entre janeiro e julho deste ano contribuiu com apenas 22% da receita obtida nas vendas externas
Na direção oposta e com um índice de incremento dos mais significativo estão os cortes de frango. Em 2009 responderam, na média, por 48% da receita cambial da carne de frango. Neste ano, em sete meses, foram responsáveis por mais de 68% do total, um índice de incremento superior a 40%.
O interessante é que, pelo menos em relação a 2009, não há grandes alterações no mix de produtos exportados. Assim, detalhando (volume acumulado entre janeiro e julho de 2019 x acumulado nos 12 meses de 2009), a participação do frango inteiro passou de 38,10% para 37,94% (redução de 0,42%); a dos cortes de frango subiu de 52,44% para 52,59% (aumento de apenas 0,29%); a dos industrializados recuou de 4,56% para 4,54% (meio por cento a menos); e a da carne salgada aumentou pouco mais de meio por cento, passando de 4,89% para 4,93%.
Então – pergunta-se – como é possível a participação do frango inteiro na receita total ter recuado cerca de 33%, enquanto a dos cortes aumentou mais de 40%? Simples: por conta do preço alcançado por um e outro item. Ou seja: comparativamente à média registrada em 2009 (US$1.547,00 por tonelada, os cortes registram, neste ano e até julho, valor médio quase 11,5% superior (US$1.724,01 por tonelada).
Já o valor atual alcançado pelo frango inteiro, US$1.393,32 por tonelada, praticamente não saiu de lugar em relação a 2009. Pois, na média daquele exercício o item alcançou preço médio de US$1.372,94 por tonelada. E isso, dez anos depois, representa aumento que não chega a 1,5%.
Na tabela abaixo o desempenho dos quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil nos primeiros sete meses de 2019.
Fonte: Avisite