Em sua “Projeções do Agronegócio” para os próximos 10 anos, o MAPA estima que entre 2018 e 2028 a produção brasileira de carne de frango cresça 29% e as exportações do produto perto de 34%, o que deve gerar disponibilidade interna 27% maior que a prevista para o corrente exercício
No caso específico da disponibilidade interna, tais projeções significam passar de um volume em torno de 9,5 milhões de toneladas em 2018 para mais de 12 milhões de toneladas em 2028, isto significando expansão média próxima de 2,5% ao ano. Mas qual é a representatividade desse incremento na disponibilidade per capita do produto?
Números recentes do IBGE – que atualizou suas projeções relativas à população brasileira – ajudam a responder a essa indagação. Eles indicam, com base no comportamento atual do crescimento vegetativo, que a população tende a uma expansão anual próxima de 0,7%, acumulando até 2028 incremento de 6,82% o que significa que a disponibilidade interna aumentará 20,4 pontos percentuais mais que a população.
Isto, naturalmente, implica em significativo aumento da disponibilidade per capita. Mais exatamente, de 19,1% até 2028, o que solicita um aumento médio muito próximo de 2% ao ano. Assim, a oferta per capita passaria de 45,565 kg em 2018 para 54,267 kg em 2028 – um adicional de 8,7 kg.
A questão, aqui, é que números do próprio setor avícola indicam que o consumo de carne de frango entre 2010 e 2017 (oito anos!) girou em torno dos 44,277 kg per capita. Será que daqui pra frente tudo vai ser diferente?