Enquanto no fechamento do primeiro trimestre de 2017 apenas a carne de frango salgada apresentou redução no volume embarcado, no fechamento dos cinco primeiros meses de 2017 somente os industrializados de frango continuaram com volume superior ao dos mesmos cinco meses de 2016. Ainda assim, por margem mínima
Como efeito, sem dúvida, dos desdobramentos da Operação Carne Fraca – os mercados continuam abertos, mas os pedidos agora são menores – o volume de carne salgada recuou 15,10%, o de frangos inteiros 9,42% e o de cortes de frango 3,59%. Tudo computado, foram quase 105 mil toneladas a menos.
Em decorrência, se o trimestre inicial de 2017 foi fechado com incremento de 3,07% no volume embarcado, no momento amarga-se redução que já beira os 6% e que tende a aumentar no fechamento do primeiro semestre – ainda que as exportações de junho corrente superem as de maio passado.
Como vinha sendo observado desde o início do ano, apenas a carne salgada permaneceu com preços inferiores aos de 2016. Com isso, chegou a maio registrando uma redução média de 3,18%. Mas os outros três itens exportados, embora ainda com resultados positivos em relação ao ano passado, registram agora evolução bem mais moderada que a alcançada até março.
Os efeitos finais recaem, obviamente, sobre a receita cambial. Que, após um incremento de 22% no primeiro trimestre de 2017 tem, no momento, essa expansão reduzida para menos de 9%. E não porque tenham se alterado os fundamentos do mercado internacional, apenas porque se colocou em dúvida a qualidade da carne brasileira. O mais triste é que o ato não partiu dos concorrentes.