A estabilidade de preços do frango vivo (mesmo considerando que sua cotação real se encontra mais de 6,5% aquém da cotação referencial) combinada com o retrocesso de preços do milho de junho para cá fazem com que o poder de compra da ave viva em relação ao grão apresente ligeira melhora em comparação a meses anteriores
No momento, por exemplo, uma tonelada de frango vivo (frango a R$2,80/kg; milho a R$39,50/saca) adquire pouco mais de 4,250 toneladas de milho, um terço a mais (35,2%) que em maio passado (3,145 toneladas).
Parece muito, não é verdade? O que não se pode ignorar, entretanto, é que no trimestre março/maio de 2018 o poder de compra do frango desceu a um de seus mais baixos níveis históricos. Ou seja: praticamente, igualou-se ao que foi registrado em abril de 2016, ficando acima, somente,do que foi registrado em maio daquele ano – menos de 3 toneladas de milho por tonelada de frango, este sim o pior momento da história para o produtor de frangos.
A melhora, todavia, restringe-se ao trimestre março/maio de 2018. Porque, em comparação a julho do ano passado, o poder de compra do frango ainda é cerca de 22% inferior, mesmo índice encontrado quando se compara a média dos sete primeiros meses de 2018 com idêntico período do ano anterior.
Por fim, o volume adquirível no momento permanece ainda aquém da média registrada nos 24 meses encerrados em junho de 2018 – perto de 4,5 toneladas de milho.