Lavouras do grão no norte e oeste do Estado têm pouca probabilidade de enfrentar a condição climática
Faltando pouco mais de mês para o fim do outono, as temperaturas no país tiveram uma queda incomum para a época e essa massa de ar frio deve se acentuar no Sul do país, com alerta para a formação de geada no Paraná. A constatação é de Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Lazinski afirma que a geada está restrita ao centro sul e leste do Paraná. “As áreas de lavouras de milho safrinha no oeste e norte [que representam mais de 70% da área plantada] do Estado só irão sofrer com queda de temperatura. Dificilmente irá afetar a produção por lá”, diz. Ainda assim, é importante que os produtores fiquem atentos à temperatura no começo da semana que vem.
Segundo maior produtor brasileiro de milho de inverno, o Paraná plantou maior parte da área antecipadamente este ano, porque a colheita da soja foi acelerada, abrindo espaço para o cereal. A estimativa atual de produção do Estado aponta para 13,8 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será 36% maior que o registrado no ano passado. A região sul do Paraná concentra cerca de 2% da área e deve colher 370 mil toneladas do grão, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo Lazinski, a massa de ar frio deve chegar a partir de domingo (20/5), durante a madrugada, e poderá permanecer até o amanhecer de segunda-feira (21/5) e terça-feira (22/5).
O município de São Joaquim, em Santa Catarina, registrou geada na madrugada de terça-feira (16/5). O fenômeno foi fraco e não trouxe riscos para a as lavouras e não deve acontecer no começo da próxima semana.
De acordo com Claudio Doro, gerente regional da Emater (RS), não há previsão de geada para as lavouras gaúchas. “A região da Serra é a mais propícia para geadas, mas não há nenhum alerta por enquanto”, afirma.
Fonte: Revista Globo Rural