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O estado de Goiás já é o 4º maior polo de serviços de aviação do país e demanda do E-commerce promete alavancar crescimento do setor
Apesar do transporte aéreo de cargas no Brasil não ter ainda um histórico regular de crescimento, nos anos em que houve aumento da movimentação, Goiás sempre foi destaque. Um desses anos foi em 2021, quando no Brasil registrou-se aumento percentual de 30,8% na atividade, mas em Goiás os números foram ainda maiores com uma elevação de 63,2% nas operações de transporte aéreo de cargas, na comparação com 2020. Os dados são da Confederação Nacional de Transportes (CNT). Em 2010, quando a economia brasileira ainda vivia um bom momento, o transporte aéreo de cargas registrou um aumento de 38,5%, ao passo que neste mesmo período, Goiás teve um crescimento de 50,4%.
“Nesse segmento da logística e transporte de carga, o mercado da aviação no Brasil ainda tem um potencial enorme de crescimento”, afirma o empresário e incorporador Rodrigo Neiva, um dos sócios empreendedores do Antares Polo Aeronáutico, empreendimento aeroportuário que está sendo construído na região metropolitana de Goiânia, na cidade de Aparecida de Goiânia.
Apesar do modal aéreo responder por apenas 4% de toda carga transportada no País, segundo registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o empreendedor considera que o modal aéreo, em razão de sua agilidade e segurança, é o indicado para a moderna economia dos dias de hoje que é fortemente impactada pelo E-commerce. “Num país com dimensões continentais como o Brasil, alguns lugares são de difícil acesso e podem ter prazos muito longos oferecidos por outros meios de transporte”, argumenta o empreendedor.
Goiás, no caso, sai na frente nas operações aéreas em razão de sua centralidade. Não é por acaso que o Estado é o quarto maior pólo de serviços de aviação do país, ficando atrás apenas de Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Goiás abriga 92 empresas de táxi aéreo, aviação agrícola e manutenção aeronáutica. Entre os 26 estados e o Distrito Federal, Goiás é também o sexto maior em número de aeródromos privados, com 159 áreas particulares homologadas para pousos e decolagens de aviões.
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Voando alto
E para os próximos anos a capital goiana deve se consolidar ainda mais como um importante hub da aviação brasileira, já que até 2024, a sua região metropolitana irá contar com o início das operações do maior pólo aeronáutico do Centro-Oeste: Antares Pólo Aeronáutico. Capitaneado por um grupo de cinco empresas goianas, o projeto ocupará uma área total de 209 hectares e contará com um aeroporto público-privado para atender a todos os segmentos da aviação geral: aviação agrícola, táxi aéreo, aviação executiva, regional e transportes de cargas.
Em dezembro, o Conselho Administrativo do Antares Polo Aeronáutico definiu e aprovou uma série de melhorias para a ampliação do empreendimento que está sendo construído em Aparecida de Goiânia (GO). O objetivo do plano de expansão é atender à demanda do e-commerce, que necessita de áreas para construir galpões e realizar a parte logística de armazenagem e distribuição de produtos. Com a ampliação, o Antares – primeiro polo aeronáutico do Centro-Oeste -, irá tornar-se um aeroporto público privado, ampliando a capacidade operacional.
Na prática, a pista de pouso manterá sua extensão de 1,9 quilômetro, mas será mais larga passando de 30m para 35m de largura, o que possibilitará a operação de aeronaves de maior porte. Já o PCN (Número de Classificação do Pavimento) passa de 30 para 35. Esse é um cálculo que avalia a condição estrutural das pistas de pouso e decolagem em aeroportos, para assegurar a integridade da pista e segurança operacional das aeronaves. Outra mudança no projeto é sobre o pátio de aeronaves que de seus atuais 11 mil m², agora pode ter sua área ampliada para até 22 mil m², conforme a demanda. Em algumas quadras a largura das calçadas também será maior, passando de 7,5m para 12,5m.
O aeroporto será capaz de receber voos em VFR (Regras de Voo Visual), podendo chegar à IFR sem precisão. O VFR é quando o piloto tem de manter uma distância pré-determinada de nuvens e deve manter-se em áreas com um mínimo de visibilidade, ou seja, consegue controlar visualmente a altitude das aeronaves. Com essas mudanças, o aeroporto do Antares Polo Aeronáutica terá capacidade para receber aeronaves de grande porte, como por exemplo, um Boing 737 800.
Infraestrutura
O empreendimento aeronáutico também contará com hangares e infraestrutura para receber empresas de manutenção, fabricantes de peças aeronáuticas, escolas de formação para pilotos e empresas de transporte e logística. Em sua primeira fase, o polo irá entregar 72 lotes de 1.000 m² a 1.500 m², com infraestrutura completa, pista de pouso e decolagens para receber até aeronaves de grande porte, terminal de embarque e desembarque, portaria e estacionamento.
Já o IFR sem precisão são Regras de Voo Por Instrumento. Nesse sistema, o piloto é capaz de conduzir a aeronave orientando-se pelos instrumentos de bordo, ao invés de guiar-se por referências visuais exteriores à aeronave. O projeto do Antares será construído em cinco fases. A primeira etapa deve ser concluída em 2024 e prevê a entrega da pista de pouso, área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e área fechada com portaria monitorada. Para quem precisa de um terreno maior, o Antares possui áreas com mais de 100 mil m² disponíveis.
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