Faz parte dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) desenvolver e atualizar, periodicamente, inventários nacionais das emissões, provocadas por ações do homem, dos gases de efeito estufa (GEE) não controlados pelo Protocolo de Montreal. O cálculo corresponde ao somatório da emissão total de cada gás de efeito estufa, em toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), para os setores da agropecuária, energia, tratamento de resíduos, processos industriais e mudança do uso da terra e florestas. Pesquisadores da Embrapa participam do grupo que trabalha na atualização dos dados do primeiro setor do inventário, cuja nova versão será consolidada em 2020.
Na última reunião do grupo, realizada na Embrapa Solos (RJ) no dia 22 de agosto, foram apresentados os dados preliminares das estimativas de emissões como parte do inventário do setor agropecuário, que irá à consulta pública ainda neste ano, antes da sua consolidação. Dentre os participantes estavam o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Eduardo Assad, coordenador técnico do inventário nacional; o professor do Instituto Federal de Alagoas Stoécio Maia, que coordena os trabalhos do setor agropecuário, e os pesquisadores coordenadores dos subsetores Alexandre Berndt, chefe de P&D da Embrapa Pecuária Sudeste (fermentação entérica); Bruno Alves, da Embrapa Agrobiologia (solos agrícolas e manejo de dejetos animais); Ana Paula Packer, chefe de TT da Embrapa Meio Ambiente (queima de resíduos agrícolas) e Walkyria Scivittaro, da Embrapa Clima Temperado (cultura do arroz). O pesquisador da Embrapa Solos Ademir Fontana também faz parte do grupo, sendo o responsável pelos dados de emissão de solos orgânicos. Participaram das discussões, ainda, os representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) Giovanna Christo, Danielly Godiva e Mauro Meireles; o consultor Fernando Vieira Cesario e o chefe de P&D da Embrapa Solos, Vinicius Benites.
A UNFCCC tem o objetivo de alcançar a estabilização das concentrações de GEE na atmosfera a um nível que impeça que a ação do homem no sistema climático represente um risco para o planeta. O Brasil, como participante dessa convenção, tem atuado fortemente nas negociações internacionais e nas pesquisas sobre mudanças do clima.
“Ao longo do desenvolvimento dos inventários, nossa missão é refinar os dados e ir desmembrando as atividades [que levam à emissão de GEE] para avaliar melhor os fatores de emissão. Atualmente, por exemplo, um dos desafios é desmembrar o rebanho bovino de mais de 200 milhões de cabeças por idade, aptidão, raças e sexo dos animais. E os dados levantados geram necessidades e oportunidades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, como a formulação de dietas que ajudem a diminuir as emissões”, explica Fontana.
A elaboração do inventário e as metodologias adotadas para os cálculos de emissões seguem diretrizes específicas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da abreviação do original em inglês). O cálculo corresponde ao somatório da emissão total de cada gás de efeito estufa, em toneladas de CO2e equivalente (CO2e), para cada um dos setores: agropecuária, energia, tratamento de resíduos, processos industriais e mudança do uso da terra e florestas.
O CO2e é medida utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global. Um exemplo: o potencial de aquecimento global do metano é 28 e o do óxido nitroso é 265, o que significa que a emissão de 1 milhão de toneladas métricas de metano e óxido nitroso é equivalente a emissões de 28 e 265 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, respectivamente.
Esses levantamentos devem compor o documento chamado de Comunicação Nacional, que também fornece uma descrição geral das providências para a implementação da Convenção no país, incluindo ações de educação ambiental sobre a mudança do clima e conscientização pública, e uma avaliação de medidas de vulnerabilidade e adaptação. A elaboração das Comunicações Nacionais é um trabalho coletivo, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e desenvolvido em parceria com diversas instituições e especialistas.
Até o momento foram publicadas três Comunicações no Brasil, a primeira em 2004, referente ao período de 1990-1995; a segunda em 2010, referente ao período de 2000-2005; e a terceira em 2016, referente ao período 2006-2010. Todos os documentos estão disponíveis na página do MCTIC – acesse aqui.
Na terceira Comunicação, a contribuição de cada setor para as emissões de GEE na forma de CO2e ficou da seguinte maneira: agropecuária (32%), energia (29%), mudança de uso da terra e florestas (28%), processos industriais (7%) e tratamento de resíduos (4%).
O MCTIC mantém o Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE) como instrumento oficial para a disponibilização dos resultados de emissões de gases de efeito estufa no país levantados pelos inventários. Acesse em http://sirene.mctic.gov.br.
Faz parte dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) desenvolver e atualizar, periodicamente, inventários nacionais das emissões, provocadas por ações do homem, dos gases de efeito estufa (GEE) não controlados pelo Protocolo de Montreal. O cálculo corresponde ao somatório da emissão total de cada gás de efeito estufa, em toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), para os setores da agropecuária, energia, tratamento de resíduos, processos industriais e mudança do uso da terra e florestas. Pesquisadores da Embrapa participam do grupo que trabalha na atualização dos dados do primeiro setor do inventário, cuja nova versão será consolidada em 2020.
Na última reunião do grupo, realizada na Embrapa Solos (RJ) no dia 22 de agosto, foram apresentados os dados preliminares das estimativas de emissões como parte do inventário do setor agropecuário, que irá à consulta pública ainda neste ano, antes da sua consolidação. Dentre os participantes estavam o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Eduardo Assad, coordenador técnico do inventário nacional; o professor do Instituto Federal de Alagoas Stoécio Maia, que coordena os trabalhos do setor agropecuário, e os pesquisadores coordenadores dos subsetores Alexandre Berndt, chefe de P&D da Embrapa Pecuária Sudeste (fermentação entérica); Bruno Alves, da Embrapa Agrobiologia (solos agrícolas e manejo de dejetos animais); Ana Paula Packer, chefe de TT da Embrapa Meio Ambiente (queima de resíduos agrícolas) e Walkyria Scivittaro, da Embrapa Clima Temperado (cultura do arroz). O pesquisador da Embrapa Solos Ademir Fontana também faz parte do grupo, sendo o responsável pelos dados de emissão de solos orgânicos. Participaram das discussões, ainda, os representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) Giovanna Christo, Danielly Godiva e Mauro Meireles; o consultor Fernando Vieira Cesario e o chefe de P&D da Embrapa Solos, Vinicius Benites.
A UNFCCC tem o objetivo de alcançar a estabilização das concentrações de GEE na atmosfera a um nível que impeça que a ação do homem no sistema climático represente um risco para o planeta. O Brasil, como participante dessa convenção, tem atuado fortemente nas negociações internacionais e nas pesquisas sobre mudanças do clima.
“Ao longo do desenvolvimento dos inventários, nossa missão é refinar os dados e ir desmembrando as atividades [que levam à emissão de GEE] para avaliar melhor os fatores de emissão. Atualmente, por exemplo, um dos desafios é desmembrar o rebanho bovino de mais de 200 milhões de cabeças por idade, aptidão, raças e sexo dos animais. E os dados levantados geram necessidades e oportunidades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, como a formulação de dietas que ajudem a diminuir as emissões”, explica Fontana.
A elaboração do inventário e as metodologias adotadas para os cálculos de emissões seguem diretrizes específicas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da abreviação do original em inglês). O cálculo corresponde ao somatório da emissão total de cada gás de efeito estufa, em toneladas de CO2e equivalente (CO2e), para cada um dos setores: agropecuária, energia, tratamento de resíduos, processos industriais e mudança do uso da terra e florestas.
O CO2e é medida utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global. Um exemplo: o potencial de aquecimento global do metano é 28 e o do óxido nitroso é 265, o que significa que a emissão de 1 milhão de toneladas métricas de metano e óxido nitroso é equivalente a emissões de 28 e 265 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, respectivamente.
Esses levantamentos devem compor o documento chamado de Comunicação Nacional, que também fornece uma descrição geral das providências para a implementação da Convenção no país, incluindo ações de educação ambiental sobre a mudança do clima e conscientização pública, e uma avaliação de medidas de vulnerabilidade e adaptação. A elaboração das Comunicações Nacionais é um trabalho coletivo, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e desenvolvido em parceria com diversas instituições e especialistas.
Até o momento foram publicadas três Comunicações no Brasil, a primeira em 2004, referente ao período de 1990-1995; a segunda em 2010, referente ao período de 2000-2005; e a terceira em 2016, referente ao período 2006-2010. Todos os documentos estão disponíveis na página do MCTIC – acesse aqui.
Na terceira Comunicação, a contribuição de cada setor para as emissões de GEE na forma de CO2e ficou da seguinte maneira: agropecuária (32%), energia (29%), mudança de uso da terra e florestas (28%), processos industriais (7%) e tratamento de resíduos (4%).
O MCTIC mantém o Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE) como instrumento oficial para a disponibilização dos resultados de emissões de gases de efeito estufa no país levantados pelos inventários. Acesse em http://sirene.mctic.gov.br.