O planeta produz todo ano cerca de 171 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar. Há uma tendência de crescimento de pelo menos 5% a cada 12 meses. Desse total, 88% são usados na alimentação humana. A revelação foi feita nesta terça-feira 23, pela manhã, no auditório central da Embrapa Meio-Norte, em Teresina, por Rodrigo Roubach, oficial da Organização das Nações Unidas para Agricultura (FAO), no workshop Sustentabilidade na Aquicultura.
Segundo ele, a pesca e a aquicultura conseguem, juntas, suprir 17% das proteínas que a população mundial necessita. Roubach, que é brasileiro nascido no Rio de Janeiro e hoje mora em Roma, na Itália, revelou também na palestra A Importância do Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Brasil, América Latina e Caribe, que 12% da população de todo o planeta têm participação direta na produção de peixes e frutos do mar, “mesmo com os eventos climáticos desafiando”.
No workshop que comemorou os 10 anos da Rede de Pesquisa em Sustentabilidade na Aquicultura, o professor Wagner Valenti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), falou do sucesso dos indicadores de sustentabilidade para a aquicultura, cuja metodologia está consolidada após 20 anos de pesquisas. Otimista, Valenti destacou que o setor já está integrado a governos, indústria e pesquisadores. “Já existem parcerias em projetos técnicos e de comunicação com abordagem ecossistêmica”, destacou.
A segunda etapa do evento, ainda pela manhã e fechada aos pesquisadores da rede, apresentou as palestra: Sustentabilidade do Cultivo de Camarões Marinhos no Ceará e no Piauí (Carolina Costa – Unesp), Sustentabilidade do Cultivo de Tambatinga no Piauí e Maranhão (Laurindo Rodrigues – Embrapa), e Sustentabilidade do Cultivo de Macroalgas Marinhas no Ceará (Stefany Almeida – Unesp).
Após um intervalo de meia-hora, mais três palestras movimentou o workshop: Sustentabilidade do Cultivo de Camarões Marinhos no Ceará e no Piauí (Carolina Costa – Unesp), Sustentabilidade do Cultivo de Tambatinga no Piauí e Maranhão (Laurindo Rodrigues – Embrapa), e Sustentabilidade do Cultivo de Macroalgas Marinhas no Ceará (Stefany Almeida – Unesp).
A Rede de Pesquisa em Sustentabilidade na Aquicultura reúne 40 pesquisadores de 15 instituições das cinco regiões do Brasil, que trabalham com piscicultura, carcinicultura, mitilicultura, ostreicultura e algicultura. O evento, que foi coordenado pela pesquisadora Janaína Kimpara, da Embrapa Meio-Norte, discutiu taqmbém os critérios para certificação de fazendas aquícolas como sustentáveis, que garantirão agregação de valor aos produtos, segurança ao consumidor e conservação ambiental.
Por: Fernando Sinimbu – Embrapa Meio-Norte