O preço da arroba do boi gordo “parou no tempo”, nos últimos 4 meses, em Mato Grosso, se comparada a cotação média do mês de julho, até o dia 21 deste mês, com abril. “Constata-se uma variação negativa de 0,43%”, informa o IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
“E, com isso, a pergunta padrão é: como, em um ano de oferta restrita, o preço não consegue alçar “voos” maiores e buscar novos recordes? A explicação tem com base a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) realizada pelo IBGE obtém-se o índice do volume de vendas no comércio varejista, indicador que representa o comportamento do varejo brasileiro. Como pode ser visto, a média do índice nos cinco primeiros meses de 2016 ficou em 10
0,96, pior valor desde 2011, demonstrando assim a piora clara no quadro da demanda.
“Diante disso, vislumbra-se que atualmente quem parece ter “tomado” as rédeas do preço do boi gordo é a demanda, limitando altas e até mesmo justificando as baixas”, acrescenta o instituto.
Os preços da arroba do boi gordo e da vaca gorda apresentaram, na última semana, quedas de 0,65% e 0,61%, respectivamente. O valor médio da arroba do macho foi de R$ 131,43 e de R$ 124,60 o da fêmea.
Pela quarta semana consecutiva, o preço do bezerro fechou com desvalorização, sendo nesta semana de 1,29%, ficando cotado a R$ 1.240,00/cabeça.
E também foi mais uma semana de queda no contrato futuro do boi gordo para outubro/16 na BM&F, a queda foi de 1,23% no comparativo semanal. O mau humor do mercado quanto a demanda interna tem desestimulado os preços, conclui o IMEA.