A2, tipo de leite que não causa alergia, vem ganhando mercado e com novo método, em uma hora já é possível identificá-lo.
Principal “novidade” na indústria de laticínios nas últimas décadas, o leite A2 – variedade que, por conta da composição, não apresenta a maior parte dos malefícios do leite comum – é o ponto central de uma pesquisa em andamento no IZ (Instituto de Zootecnia), centenária instituição de pesquisa na área agropecuária instalada no Centro de Nova Odessa.
Como o produto vem conquistando mercado – representa 5% das vendas de leites infantis na China e 30% na Austrália – os cientistas brasileiros trabalham para melhorar a sua certificação.
Certificação de leite A2
Um teste criado por pesquisadores do IZ permite, em uma hora, identificar se uma amostra de leite A2 é pura ou sofreu contaminação pelo leite A1. “Isso será muito importante para os produtores e para a indústria”, afirmam os pesquisadores Aníbal Eugênio Vercesi Filho e Rodrigo Giglioti.
Um próximo passo, de acordo com os servidores, é desenvolver métodos que permitam certificar, além da tipagem como A2, o tipo de animal do qual o leite é proveniente. “Um laticínio que produz derivados de leite de búfala pode testar uma mostra e comprovar que não houve mistura com leite de vaca”, completa Aníbal.
Fundado há 113 anos, o IZ é pioneiro na pesquisa científica mundial com produção animal sustentável. Além das pesquisas com leite, o instituto realiza estudos sobre plantas para pastagens – com foco na redução nas emissões de gases que causam efeito estufa – e prevenção e combate a pragas e parasitas em rebanhos. Lá está o 2º maior banco genético de espécies forrageiras da América do Sul.
Para esses trabalhos, são mantidos no local cerca de 200 ovinos, além de novilhas leiteiras. De passagem, para trabalhos específicos, a unidade de Nova Odessa também recebe suínos e aves.
“Nosso orçamento é basicamente público, vindo do governo do Estado e de agências de fomento, mas existem parcerias com a iniciativa privada para o financiamento de pesquisas voltadas para o mercado”, revela a assessora de planejamento Flávia Maria de Andrade Gimenes.
Animais de elite para produção de leite A2
Em entrevista exclusiva para o portal AGRONEWS BRASIL, o Sr. Getúlio Vilela de Figueiredo, experiente empresário do agronegócio, reconhecido nacionalmente pelo trabalho desenvolvido em prol da pecuária leiteira, também conhecido como o “Rei do Gado Leiteiro”, ele acredita no potencial de Mato Grosso para se tornar a maior bacia leiteira do país e aposta no avanço do estado em genética, tecnologia e qualidade do leite.
“Nós já estamos preparando vacas com padrão nacional de elite, para atender a produção de qualidade do leite do futuro, o tipo A2A2. Esse é nosso trabalho incansável e persistente, mas que estamos fazendo para ver Mato Grosso ser o maior produtor de leite do país“, afirma Sr. Getúlio.
Sr. Getúlio, ao lado de suas filhas, comanda a Pecuária GV5, que começou com a Raça Nelore, por meio do sistema de pecuária extensiva, depois passou a dominar a tecnologia na criação das raças Gir Leiteiro e Girolando, que fazem da Pecuária GV5 uma das maiores referencias entre os produtores no Brasil. O plantel Cinco Estrelas (GV5) abriga matrizes de alta qualidade. O alto investimento nas mais avançadas aplicações genéticas aliado a criteriosos métodos de criação proporcionam um gado cada vez mais produtivo, dócil, fértil e bem adaptado às condições climáticas da região.
Veja a entrevista na íntegra com o “Rei do Gado Leiteiro”
Por: AGRONEWS BRASIL, com informações de O Liberal.