A queda nos preços dos alimentos concentrados e dos combustíveis puxaram o indicador para baixo.
Os custos de produção da atividade leiteira caíram pelo segundo mês consecutivo. Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção, o recuo foi de 0,8% em julho na comparação com junho deste ano. Em relação a igual período do ano passado, os custos da atividade estão 10,5% maiores.
A queda nos preços dos alimentos concentrados e dos combustíveis puxaram o indicador para baixo. No caso do milho, por exemplo, os preços retomaram a firmeza na segunda metade de julho, porém, na média, as cotações estão abaixo do registrado em junho. Já as cotações do farelo de soja se mostraram mais frouxas na segunda metade de julho, acompanhando as quedas do dólar.
Com o ligeiro recuo nos custos de produção e aumento no preço do leite pago ao produtor nos últimos meses, as margens da atividade melhoraram. Para o curto prazo, a expectativa é de preços mais firmes para os alimentos concentrados, com a entressafra nos Estados Unidos e boa demanda interna e para exportação. Atenção também ao câmbio.
Preços
Julho foi o sexto mês consecutivo de alta para o produtor. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento do mês, referente ao leite entregue em junho, a média nacional ficou em R$1,230 por litro, sem o frete. O aumento foi de 5,6% frente ao pagamento anterior, e de 19,7% desde o começo do ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o produtor recebeu 6,5% mais neste último pagamento.
A entressafra no Brasil Central e região Sudeste foi agravada pela falta de chuvas, que já ultrapassa cem dias em muitos Estados, e o aumento do custo da alimentação concentrada em 2018. No mais, o mercado ainda sente os efeitos da greve dos caminhoneiros no final de maio e começo de junho, que afetou de alguma maneira a curva de lactação dos animais.
Segundo o Índice Scot Consultoria de Captação de Leite, em junho o volume captado de leite diminuiu 1,1%, em relação a maio deste ano. Vale destacar que houve quedas nas produções em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, mas nos Estados do Sul do país a captação aumentou, ainda que em um ritmo menor do que neste período do ano passado.
Para o pagamento a ser realizado em agosto, referente à produção de julho, 59% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor, 38% falam em estabilidade e os 3% restante estimam quedas nos preços, frente ao pagamento anterior. Neste caso, algumas indústrias da região Sul apontam para queda no preço do leite.
Fonte: Scot Consultoria.