No mercado do algodão, agentes estão voltados aos contratos a termo, confira:
A produção de algodão, em cada safra traz consigo uma série de desafios e oportunidades para os produtores e investidores. No último dia 12 de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu aguardado relatório de oferta e demanda mundial da pluma, referente à safra 2023/24.
A produção mundial de fibra de algodão na safra 2023/24 foi estimada em 24,47 milhões de toneladas, representando um recuo de 1,51% em relação às projeções de agosto. Este declínio surpreendente foi diretamente influenciado pelas adversidades climáticas que atingiram os Estados Unidos (EUA) e a Índia, 02 (dois) dos maiores produtores de pluma do mundo.
Ambos os países enfrentaram desafios significativos em suas lavouras, o que resultou na diminuição da produção. O impacto dessas condições climáticas adversas foi uma reviravolta inesperada no cenário mundial.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou que a demanda global por pluma seria de 25,23 milhões de toneladas, representando uma queda de 0,91% em relação às estimativas de agosto de 2023. No entanto, vale ressaltar que, apesar desta diminuição mensal, o consumo na safra 2023/24 ainda supera o da safra anterior. Isso se deve, em parte, à expectativa de uma maior demanda proveniente do Paquistão e da Turquia.
A divulgação do relatório do USDA resultou em uma valorização dos contratos futuros da pluma na bolsa de Nova York no dia do anúncio. No entanto, essa valorização não conseguiu se manter ao longo da semana. Uma das principais razões para essa volatilidade foi a situação econômica negativa da China, o principal importador da pluma.
Os agentes do mercado estão atualmente concentrados nos embarques dos contratos a termo da pluma, destinados tanto ao mercado interno quanto ao externo. O aumento nos custos do frete e a baixa disponibilidade de caminhões, juntamente com filas nos terminais portuários, têm priorizado as entregas em detrimento de novos fechamentos de contratos.
Apesar dos desafios logísticos, observou-se um aumento na liquidez nacional devido à maior presença compradora, resultado de uma melhora nas vendas ao longo da cadeia têxtil. No entanto, os vendedores estão mostrando certa relutância em firmar novos negócios devido à pressão sobre os preços do algodão, com compradores oferecendo valores mais baixos.
Na análise anterior, “O cenário do agronegócio brasileiro continua em constante transformação, e a produção de algodão em pluma não fica atrás. No mês de agosto, a comercialização da pluma da safra 2022/23 atingiu impressionantes 74,35% da produção estimada para o ciclo. Esse avanço de 2,11 pontos percentuais em relação ao mês anterior impulsionou o mercado do algodão, com um preço médio de R$ 132,84/@. No entanto, vale ressaltar que as vendas ainda estão atrasadas em relação à média dos últimos 5 (cinco) anos, pois muitos produtores aguardam por melhores preços”. Clique aqui para saber mais desta análise.
Novas oportunidades para agricultores
Prorrogação do Termo de Compensação de Reserva Legal
No quadro de Direito Ambiental desta semana, a Dra. Alessandra Panizi traz uma atualização importante para os agricultores que assinaram o Termo de Compensação de Área de Reserva Legal. Esta é uma oportunidade significativa para aqueles que têm déficit de área de reserva legal e buscam cumprir com suas obrigações ambientais. Portanto, fiquem atentos, pois esta notícia pode impactar positivamente sua propriedade. Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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