De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, somente os municípios de Canarana e Água Boa cultivavam gergelim em Mato Grosso. A produção de 3.901 toneladas já era a maior do País. Nos últimos anos, no entanto, houve grande aumento no cultivo. Estimativa do Sindicato Rural de Canarana é de que na safra 2020 a área plantada no município tenha sido de 100 mil hectares, gerando uma produção de 40 mil toneladas do grão.
O crescimento do interesse pelo gergelim vem tanto das oportunidades de mercado quanto do fato de a cultura ser uma boa alternativa ao milho na segunda safra. Como o gergelim precisa de menos chuvas, sua semeadura na região pode ser feita após o fim da janela ideal de semeadura do milho.
“O plantio do milho safrinha era inviável. O custo de produção não compensava. O gergelim sempre trouxe retorno econômico, às vezes maior, às vezes menor. A elevação do preço do milho no último ano viabilizou o milho. Enquanto for possível plantar na janela do milho, o gergelim fica como segunda opção”, explica o produtor rural de Canarana Marcos da Rosa, que semeou 400 hectares com gergelim na safra 2021.
Marcos da Rosa já cultiva gergelim há cinco anos e vem trabalhando junto ao Sindicato Rural e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio dos adidos agrícolas, visando à abertura de novos mercados para a produção nacional. “É uma cultura promissora. Não atendemos quase nada do mercado internacional e, a cada ano, vemos surgir novas demandas. Temos conseguido abrir mercados. Índia, Rússia e México vão começar a comprar nossa produção, e estamos trabalhando abertura com a China”, comenta.
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Mas o produtor destaca os desafios que precisam ser superados. Além das perdas na colheita, há a necessidade de novas opções de cultivares, apuração genética de materiais antigos para obter o registro de sementes, registro de defensivos para a cultura e pesquisas que norteiem as melhores recomendações de manejo e uso de defensivos.
Fonte: Embrapa
AGRONEWS – Informação para quem produz