Mato Grosso segue com aproximadamente 30,3 milhões de animais, dos quais 80% desse total da raça Nelore
Mato Grosso segue na liderança do maior rebanho bovino do país, com aproximadamente 30,3 milhões de animais, dos quais 80% desse total da raça Nelore. Vinda para o Brasil na década de 60, ela vem passando por intenso melhoramento genético para ser direcionada quase que exclusivamente à produção de carne.
Com o objetivo de alavancar a qualidade do rebanho estadual, e consequentemente fortalecer a economia em suas diversas frentes de produção, a Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT) já está recebendo inscrição dos produtores que têm interesse em participar neste ano da ‘Prova de Ganho de Peso a Pasto’ (PGP).
O evento será realizado a partir do dia 6 de junho, na Fazenda Luar, em Cuiabá na saída para Rondonópolis, com expectativa de reunir cerca de 300 animais, de pelo menos 60 criadores, avançando nas metas concretizadas no ano passado e que vão além da prova em si, promovem ainda o intercâmbio de informações entre os produtores participantes. São parceiros a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
“Nós acreditamos que a evolução e o constante crescimento da pecuária de corte se devem, principalmente, aos investimentos em melhoramento genético, e uma das ferramentas comprovadas é PGP, já que os animais participantes saem animais disseminadores com rico material”, afirma Mario Candia, presidente da ACNMT.
A prova consiste em tornar viável o incremento de animais melhoradores por meio de condições ambientais idênticas e nutricionais possíveis dentro de um sistema economicamente compatível com a realidade do manejo mato-grossense. “Nós temos vários investimentos programados para 2018 com o intuito de incentivar a participação dos criadores, sempre com enfoque no gado em campo, ou seja, estamos trabalhando firmemente para o fim do ciclo dos animais encocheirados e também para o melhoramento das nossas matrizes”, acrescenta Candia.
O principal objetivo é justamente testar e disponibilizar ao mercado touros jovens com alto desempenho produtivo e com biótipo adequado a produção de carne. Os resultados poderão servir como instrumento de seleção entre rebanhos e auxiliar nas avaliações e testes de progênies de reprodutores.
Podem participar da Prova de Ganho em Peso a Pasto animais nascidos entre 8 de agosto e 4 de novembro de 2017. Como o evento começa no dia 6, a chegada deve ser pelo menos dois antes para pesagem de entrada e controle. São inicialmente 70 dias para adaptação ao novo ambiente em condições ambientais e com técnica de manejo iguais a todos.
O zootecnista Leonardo Fernandes Mendonça, técnico de campo da Associação Nelore Mato Grosso, explica que vão ser um total de 294 dias de prova na Fazenda Luar, com mesma ração, vacina, pasto, com pesagem para início da fase de adaptação, uma pesagem finalizando a adaptação, três pesagens intermediarias e uma pesagem final. “Vamos promover uma verdadeira investigação genética de modo a conseguir comprovar que estes animais estão em uma categoria diferenciada em relação aos demais do estado”.
Eles entram na competição ainda bezerros recém-desmamados, mas chegam no final ‘tourinhos’ com mais de 300 kg. Aqueles que superarem a média de peso do rebanho são considerados superior e de elite. Os que atingem a média do rebanho são os regulares e abaixo são os inferiores. Além das vantagens de certificação de qualidade comprovada, a participação na prova credencia o produtor a ter seus melhores animais no leilão de elite, a preços acima do mercado.
Entre os itens de desempenho avaliados estão os fatores que deixam esse animal próximo de ser bom, como origem de pai, irmãos, linhagem paterna da mãe, além da prova de ganha de peso, com ganho médio diário, circunferência escrotal e fenótipo, tendo como finalidade identificar entre os participantes os de melhor desempenho global no peso final padronizado.
Fonte: Acrimat