Com a chegada da entressafra, o mercado de reposição começou a esboçar firmeza. Em alguns estados, a menor oferta tem feito com que os frigoríficos paguem mais pelo boi gordo
Assim, com pagamentos melhores pela arroba, os pecuaristas começam a ficar mais interessados por repor o plantel da fazenda.
Esse cenário é observado principalmente em estados que não são caracterizados por engordar os animais em sistemas intensivos (confinamento ou semiconfinamento).
É o caso da Bahia, Pará e Tocantins, por exemplo.
Em Goiás e em Mato Grosso a frente fria forçou a desova dos animais terminados, o que liberou espaço para categorias mais leves.
Desta forma aumentou o interesse no mercado de reposição, principalmente envolvendo animais mais erados, contudo, sem espaço para altas significativas nos preços da reposição.
Em Mato Grosso do Sul, o cenário no mercado do boi gordo foi semelhante, mas a demanda pela reposição em baixa tirou um pouco a firmeza das categorias, principalmente envolvendo o bezerro desmamado.
Já em São Paulo o mercado do boi gordo, por enquanto, não sentiu de maneira significativa os efeitos da entressafra. Mas, mesmo com o preço da arroba demorando para ganhar força, há procura pela reposição.
Contudo, no estado, a oferta limitada mantém os preços ainda elevados, o que tem estimulado os pecuaristas a procurar animais em outros estados, como, por exemplo, Minas Gerais (região do Triangulo Mineiro).
Por Marina Zaia/ Scot Consultoria