Mercado de reposição esfria: Houve recuo nas várias categorias de reposição, mesmo assim o patamar é considerado alto, e recriador de invernista sofrem com custos dos volumosos
Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS®
Apesar de um cenário visto como melhor para o aumento do rebanho brasileiro para o segundo semestre, o mercado de reposição esfriou em todas as categorias, com uma ou outra variação dependendo de algumas circunstâncias regionais.
E esfriou, segundo algumas análises, como a do Cepea, não porque bezerros, garrotes e boi magro estão mais caros, mas porque os preços estão em queda na medida em que os recriadores e invernistas estão meio desalentados.
A @ do boi continua com algum grau de sustentação – em São Paulo, entre R$ 338 e R$ 340, por exemplo -, mas não se reflete no mercado de reposição.
Claro, temos que lembrar das exceções para gado de altíssima qualidade, que tem compradores fiéis, mas, no geralzão do mercado, o cenário é lento.
Um bezerro em São Paulo, está valendo brincando acima de R$ 3,2 mil, com 12 meses e 240 kg. No Mato Grosso, em média R$ 3,450 mil.
Mesmo esfriando, está considerado alto.
A explicação vem, mais diretamente, do custo da engorda. Mesmo com pastos agora melhores, logo mais vem a estiagem novamente, e que promete ser até mais cedo.
A quebra de safra da soja e do milho verão estão impactando os preços dos volumosos.
Aliás, nunca deixaram de impactar.
E a margem do produtor ficou muito estreita, quando não negativa, de modo que, mesmo com perspectiva de melhora da @ do boi gordo, poucos estão se arriscando.
O final de 2021, quando os preços foram derrubados com a ausência da China por 3,5 meses, depois da vaca louca, empurrou a descapitalização da pecuária a níveis muito mais baixos.
Para o intensivista – mais uma vez excluindo os grandes com acertos de longo prazo com compradores – o custo está muito salgado.
A aí se reflete, também, não só no bezerro e bezerras, mas no custo do boi magro.
Em São Paulo, um boi magro está acima de R$ 4,3 mil. No Mato Grosso, acima de R$ 4,400 mil.
Mesmo esfriando, está considerado alto.
A situação se inverte, pouco melhor, para o mercado de novilhas.
Há um aquecimento em algumas regiões pelo poder de ganho dos frigoríficos nas exportações desse tipo de animal, no qual a China começou a apostar mais, além de mercados mais nobres, como o dos Estados Unidos.
AGRONEWS é informação para quem produz