O mercado do boi em Mato Grosso enfrenta um desafio significativo com a recente queda nos índices de ágio de reposição, marcando um cenário abaixo da média histórica.
Em janeiro de 2024, o ágio da arroba do boi magro sobre a arroba do boi gordo atingiu uma média de 10,67%, apresentando uma redução de 3,38 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa tendência também foi refletida no ágio da arroba da novilha sobre a arroba da vaca gorda, que registrou um valor ainda menor, alcançando 4,38% no início deste ano. Esse declínio é mais acentuado do que o observado em anos anteriores, representando uma diminuição de 10,06 pontos percentuais em relação a janeiro de 2023.
O recuo nos índices de ágio é resultado direto da desvalorização nos animais de reposição, especialmente devido ao excesso de oferta dessa categoria em Mato Grosso. Um exemplo claro desse fenômeno é a queda significativa no preço da novilha, que passou de R$ 264,62 por arroba em janeiro de 2023 para R$ 196,46 por arroba em janeiro de 2024, representando uma queda de 25,76% no comparativo mensal. Paralelamente, a arroba da vaca gorda também sofreu uma redução de 18,60% no mesmo período.
O cenário de “congelamento” nos preços do boi gordo no último mês desempenhou um papel crucial na melhoria da relação de troca da reposição. Essa dinâmica favoreceu principalmente os recriadores e invernistas, estimulando o aumento do plantel e repercutindo em todo o mercado agropecuário do estado.
O panorama atual do agronegócio em Mato Grosso reflete uma conjuntura desafiadora, com a desvalorização dos preços de reposição impactando significativamente os produtores e os agentes econômicos do setor.
Mercado Financeiro
- Lateralizado: boi gordo ainda se mantém lateralizado, apresentando dificuldade para sair da casa dos R$ 207,64/@, com ajuste de +0,14% na última semana;
- Alta: com o aumento na demanda pela proteína bovina no início do mês, o dianteiro com osso do boi foi cotado a R$ 13,17/kg, incremento semanal de 1,28%;
- Abate: as escalas de abates reduziram 1,27% no comparativo semanal, e fecharam na média de 10,89 dias úteis, motivado pelo baixo apetite das indústrias na compra de novos lotes.
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