Em setembro, as exportações brasileiras de carne de frango in natura registraram, pela média diária embarcada, o melhor desempenho dos últimos 17 meses. Foram perto de 17,8 mil toneladas/dia, volume 5,5% maior que o registrado há um ano e quase 7% superior ao do mês anterior, agosto de 2017
Infelizmente, porém, o mês foi mais curto: 20 dias úteis, contra 21 em setembro de 2016 e 23 em agosto passado. E isso, claro, se refletiu diretamente no volume total embarcado no mês: 355.243 toneladas, apenas meio por cento a mais que há um ano e 7,18% a menos que no mês anterior.
Mais isso, ressalte-se, não representou um mau resultado. Pelo contrário, correspondeu ao segundo maior volume dos últimos 15 meses, só ficando aquém das 382,7 mil toneladas de agosto passado. Ou seja: se os dois meses tivessem o mesmo número de dias úteis, os embarques de setembro teriam ultrapassado as 400 mil toneladas só de produto in natura.
Mas se o volume embarcado pode ser considerado excelente, o mesmo não pode ser dito do preço médio. Pois o valor registrado – US$1.600,60/t – correspondeu ao pior resultado dos nove primeiros meses de 2017. Neste caso, além de retroceder 1,14% em relação ao mês anterior, o preço médio do mês também ficou negativo (quase meio por cento a menos) em comparação ao valor registrado em setembro de 2016.
Os efeitos finais recaem, é óbvio, sobre a receita cambial. Assim, os US$568,601 milhões do mês representaram recuo de 8,23% sobre agosto de 2017 (US$619,626 milhões), correspondendo, praticamente, à mesma receita auferida em setembro de 2016 (aumento de apenas 0,06% sobre US$568,262 milhões).
Porém, como ocorreu com o volume, não foi um mau resultado, visto que a receita cambial alcançada correspondeu ao terceiro melhor resultado dos últimos 15 meses. Aliás, teria registrado um dos melhores resultados de todos os tempos se o mês não fosse tão curto.
Fonte: Avisite