O início da colheita da segunda safra (2016/2017) exerce pressão de baixa sobre os preços do milho no mercado interno
Apesar de a área colhida ser próxima de 1,0% no Paraná e em Mato Grosso, a produção recorde esperada para o cereal, cerca de 62,7 milhões de toneladas na segunda safra, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), colabora com as desvalorizações.
Na região de Sorriso-MT, a saca de 60kg está cotada em R$13,20. Na comparação anual, houve queda de 63,8%.
Mesmo com os leilões realizados pelo governo federal, a boa safra prevista e a baixa movimentação interna e para exportação até então têm tem mantido o viés baixista no mercado.
Em curto prazo, com o avanço da colheita não estão descartadas quedas nos preços do cereal.
Para o médio e longo prazos, o mercado vai depender do comportamento do câmbio e os impactos sobre as exportações brasileiras de milho.
Vale ressaltar que a produção de milho de 2016/17 deverá atingir a marca histórica de 87,4 milhões de toneladas, ante previsão de 84,5 milhões em janeiro.
Em 2015/16, a colheita atingiu 66,5 milhões de toneladas, com uma forte quebra de produtividades decorrente de seca na safra de inverno.
Além de uma ligeira melhora na expectativa de produtividade para a safra nacional, o aumento na estimativa de safra decorre de uma alta de quase 500 mil hectares na projeção de plantio, concentrada na segunda safra.
O plantio total de 2016/17 foi projetado em 16,5 milhões de hectares.
A respeito de Mato Grosso, maior produtor de milho na chamada “safrinha”, as melhores condições climáticas, associadas à baixa oferta do cereal, devem permitir o incremento de 7,3% de área de milho segunda safra em relação à safra anterior, saindo de 3,769 milhões de hectares para 4,042 milhões no atual período, apesar do aumento do custo de produção.
Quanto à produtividade, a expectativa é de recuperação do rendimento médio do milharal, tendo em vista as boas condições climáticas para a cultura.
Fonte: Scot Consultoria
Edição: Agronews