O mercado brasileiro de milho deve registrar movimentação calma nos negócios nesta quarta-feira. Os consumidores seguem cautelosos, aguardando um novo movimento de queda nos preços para avançar nas intenções de compra do cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago reverte os ganhos de ontem e opera em baixa.
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Ontem (8), o mercado brasileiro de milho registrou um ritmo lento na comercialização. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foi notável que o mercado está travado e que é inexpressivo o fluxo de negócios. “Em São Paulo há indícios de retração dos preços em um ambiente de melhor oferta, mas no restante do país temos poucas mudanças. O que o consumidor mais quer é empurrar os estoques até a entrada da safrinha, por mais que haja quebra, vai haver algum alívio na comparação com nosso momento atual”, comenta.
No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 85,00 a R$ 95,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 83,00/94,00.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 92,00/95,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 95,00/100,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 97,00/101,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 95,00/97,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 95,00/97,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 85,00/R$ 91,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 80,00/83,00 a saca em Rondonópolis.
Bolsa de Chicago
Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com perda de 3,25 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,47%, cotada a US$ 6,76 3/4 por bushel.
O mercado realiza lucros, com os investidores buscando um posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), quer será divulgado amanhã.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o Departamento irá elevar a estimativa de produção dos Estados Unidos para 15,018 bilhões de bushels em 2021/22, superando os 14,990 bilhões de bushels projetados no mês passado e os 14,182 bilhões de bushels colhidos em 2020/21. A produtividade média do milho estadunidense em 2021/22 deverá ser mantida em 179,5 bushels por acre, acima dos 172 bushels por acre obtidos na safra 2020/21.
Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americana devem ser indicados em 1,414 bilhão de bushels, abaixo dos 1,507 bilhão de bushels indicados em maio. Para a safra 2020/21, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,257 bilhão de bushels para 1,205 bilhão de bushels.
Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 288,9 milhões de toneladas, abaixo das 292,3 milhões de toneladas previstas em maio. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2020/21 sejam apontados em 280,1 milhões de toneladas, abaixo das 283,5 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
A safra de milho do Brasil 2020/21 deverá ser indicada em 97 milhões de toneladas, aquém das 102 milhões de toneladas apontadas em maio. Já a safra da Argentina 2020/21 deve ser apontada em 47,1 milhões de toneladas acima das 47 milhões de toneladas previstas no mês passado.
Por Arno Baasch – Agência Safras
AGRONEWS – Informação para quem produz