Preço do milho atinge limite de altas na B3 em dia de valorizações
Ontem, a quarta-feira (09) chegou ao final do os preços do milho misturados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações nas praças de Ponta Grossa/PR, Itapetininga/SP, Porto Santos/SP e Campinas/SP.
Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Cascavel/PR, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.
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De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho teve poucas alterações nos últimos dias. De maneira geral, os preços seguem pressionados na maioria das praças do Centro-Sul com os grandes compradores ausentes”.
Em Goiás, por exemplo, o preço médio do milho caiu 2,44% na última semana e fechou a sexta-feira (04) com valor de R$ 63,56. “O preço médio no estado recuou devido a baixa liquidez no mercado, devido o baixo interesse dos compradores, e o aumento do volume ofertado”, disse o Ifag.
Para a consultoria Itaú BBA, o câmbio, a redução das margens das empresas de proteína animal, que reduz as possibilidades de pagar preços maiores, e o aumento da disponibilidade do produto com a proximidade da colheita em algumas praças foram os responsáveis pelas recentes quedas do milho.
Apesar disso, o relatório destaca que a perspectiva é de preços firmes no curto prazo, apesar de ser esperada uma possível queda até o final do ano, com vendedores limpando os estoques para a chegada da safra de verão.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia de grandes altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,36% e 5% por volta das 17h07 (horário de Brasília).
O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 74,99 com valorização de 5%, o março/21 valia R$ 77,46 com elevação de 1,89%, o maio/21 era negociado por R$ 74,71 com ganho de 1,36% e o julho/21 tinha valor de R$ 66,70 com alta de 2,93%.
Ao longo do dia, as cotações do cereal brasileiro atingiram seus limites de alta, subindo 5% nas movimentações e parando de ser comercializados. “A pressão negativa foi exagerada nos últimos dias, com a queda do milho no mercado físico, então agora apareceram fatores de correções técnicas”, explica Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos.
Para os próximos dias, Coelho acredita que dias de volatilidade ainda vem pela frente. “Deve haver mais oscilações grandes nos próximos dias até o mercado encontrar um ponto de equilíbrio”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também subiram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,50 e 5,00 pontos ao final do dia.
O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,22 com valorização de 5,00 pontos, o março/21 valeu US$ 4,23 com ganho de 4,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,26 com alta de 3,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,27 com elevação de 3,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,20% para o dezembro/20, de 0,95% para o março/2, de 0,71% para o maio/21 e de 0,71% para o julho/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os grãos nos EUA se firmaram na quarta-feira em uma recuperação de cobertura de vendas após as perdas da sessão anterior e com os investidores tomando posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quinta-feira.
“Estamos vendo uma cobertura curta antes do relatório de amanhã. Devemos ver alguma força entrando no relatório à medida que buscamos pequenas mudanças nos estoques finais no mercado interno e global. Poderíamos ver algumas quedas de produção na Argentina e no Brasil também”, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions.
Fonte: Avisite
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz