Notícia divulgada pelas redes sociais foi comemorada pelo setor arrozeiro do país
Em vídeo divulgado nas redes sociais do Ministério da Agricultura, a ministra Tereza Cristina confirmou o acordo com o México para a exportação de arroz brasileiro para o país da América do Norte. Ao lado do titular da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Víctor Villalobos Arámbula, durante reunião do G20, no Japão, informou que as portas do mercado mexicano estão abertas ao arroz brasileiro em contrapartida da importação de feijão daquele país.
A notícia foi comemorada pelo setor arrozeiro do país. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, salienta que esta é uma das maiores conquistas da atual gestão da Federarroz, que se encerra no meio do ano, e que foi um trabalho conjunto com outras instituições como o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), na qual o diretor comercial da época, Tiago Barata, elaborou dossiê detalhando a produção no país, da lavoura até empacotamento. “Aguardamos os detalhes e consolidação de documentos oficiais. Isso deverá repercutir positivamente no mercado nos próximos meses”, destaca.
Dornelles explica que, para os produtores, a notícia não poderia vir em um melhor momento, onde ocorre o fortalecimento tanto das cotações do arroz quanto da cotação do dólar. As conversas para a abertura do mercado mexicano ocorrem desde 2015. Na ocasião, Dornelles esteve participando de evento com representantes das Américas em Cancún, onde foram dados os primeiros passos para a negociação, pois na época já havia forte demanda pelo produto brasileiro. Já em 2017, em visita à Expodireto Cotrijal, o vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, reforçou as negociações juntamente com o então embaixador mexicano, Eleazar Velasco Navarro.
Em 2015, segundo dados do Comité Nacional Sistema Producto Arroz del Mexico, os mexicanos colheram 158,35 mil toneladas de arroz, queda de 80,4% em 30 anos. Em 1985, a produção do país era de 807 mil toneladas. Enquanto isso, no mesmo período, o consumo cresceu de 850 mil para 1,1 milhão de toneladas.
Por: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective