O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para o fomento ao consumo da fibra no mercado interno foi apresentado, na Conferência Mundial da International Food and Agribusiness Management Association (Ifama), tendo como foco a segurança alimentar e o agronegócio, em um contexto de população mundial estimada em nove bilhões de pessoas em 2050.
A apresentação ficou a cargo do sócio da Markestrat e consultor da Abrapa, Luciano Thomé e Castro, e do Professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Fava Neves, e foi assistida por representantes de diversos setores do agro, além de acadêmicos e estudantes de vários países. Na pauta da conferência, as inovações tecnológicas e a revolução digital, que estão transformando drasticamente o modo de fazer agricultura, criando novos mercados, cadeias de valor e players.
A estratégia do Sou de Algodão envolve a conscientização do consumidor e dos profissionais ligados à indústria da moda para os atributos positivos da matéria-prima. Com o movimento, além de promover o algodão, a Abrapa almeja um aumento de consumo no mercado nacional da ordem de dez pontos percentuais, em cinco anos. “O case foi muito bem recebido na conferência, pelo seu caráter inovador, e, certamente, servirá de referência para iniciativas similares em outros países e cadeias produtivas; da mesma forma, nós aprendemos com as experiências diversas apresentadas aqui”, diz Luciano Thomé e Castro, que também é professor da USP..
De acordo com o professor Marcos Fava Neves, a apresentação foi muito importante para a “mundialização” do nome da Abrapa. “É um projeto muito interessante e extremamente criativo, que evidencia a orientação pela demanda. Ele aproxima e integra produtores de algodão, academia e mercado. O público recebeu muito bem a apresentação e muitos ficaram impressionados com o fato de os produtores de algodão promoverem algo tão arrojado na ponta da cadeia produtiva”, afirma o professor Marcos Fava Neves.
A participação em eventos internacionais, nos quais explana sobre a cotonicultura brasileira e os casos de sucesso da associação, tem sido cada vez mais recorrente na Abrapa, sobretudo em fóruns nos quais apresenta o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o programa de qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI) e o movimento Sou de Algodão. “Investir na promoção do algodão brasileiro e no fortalecimento da imagem do produto e do setor algodoeiro é muito positivo. Queremos sempre ser referência positiva no mundo”, diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.
Fonte: Abrapa