Na região de Ipiranga do Norte (MT), grande parte do milho safrinha foi plantado no começo de janeiro, com grandes expectativas para a produção. No entanto, como lembra o presidente do Sindicato Rural do município, Valdir Batista Gheno, a região está de 10 a 12 dias sem chuvas, o que começa a ser preocupante para aquelas lavouras que estão na fase de pendoamento.
A diminuição de chuvas para essa data do ano, como ele lembra, é normal. Pelas previsões, a região deve receber chuvas ainda nesta semana, mas não em grandes volumes, bastante localizada.
Em termos de sanidade, as lavouras estão em bom estado. Segundo Gheno, os produtores têm realizado tratos culturais e de duas a três aplicações. Todos os anos, os produtores enfrentam problemas com pragas, mas no geral, as lavouras se desenvolvem bem.
A preocupação maior para o momento é o preço e a armazenagem. A falta de contratos cumpridos no ano passado fez com que muitos produtores não comercializassem antecipadamente e, agora, o milho está cotado entre R$13,50 a R$14, o que não cobre os custos de produção da lavoura. A soja, por sua vez, ainda tem de 40% a 50% para ser vendida, com preços entre R$47 a R$49.
Na entrada da safra, é arriscado que o milho possa acabar ficando a céu aberto – principalmente se as chuvas dessa semana se confirmarem, indicando que a produtividade pode ser cheia na região.