Também por ora, são as mesmas que exportaram o produto no ano passado e, entre elas, apenas um terço do total fechou o bimestre com resultado positivo em relação ao mesmo período de 2020.
A queda entre as demais não chega a surpreender, porque, em termos nacionais, os embarques do bimestre recuaram 5,63%. Mesmo assim, o índice de redução observado deve ser avaliado com ressalvas, porque este primeiro bimestre foi mais curto (dois dias úteis a menos) que o do ano passado.
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Mas o que mais chama a atenção nos dados divulgados pela SECEX/ME é o caminho inverso ao da maioria por parte de dois estados da Região Norte – Amazonas e Roraima – ambos com aumento no volume exportado e um índice de expansão que foge totalmente ao normal.
Demonstrando, o Amazonas registra um incremento de volume (absurdo!) de quase 43 mil por cento, enquanto sua receita cambial aumentou mais de 17 mil por cento.
Isto, à primeira vista, poderia ser atribuído a uma concentração de volume no bimestre, mas, de toda forma, o volume já registrado representa cerca de 75% do total exportado pelo Estado durante 2020.
Por sua vez Roraima – que em 2020 aumentou suas exportações em 285% (1.890 toneladas), registra no primeiro bimestre de 2021 avanço de 817%, ou seja, embarcou volume nove vezes superior ao de um ano atrás, no mesmo bimestre.
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Independentemente de a participação dos dois estados nas exportações brasileiras ser relativamente pequena (Amazonas, 0,10%; Rondônia: 0,08%), os índices de expansão surpreendem, ainda que se refiram a apenas um bimestre.
Uma possível explicação para essa ocorrência está na posição geográfica dos dois estados: ambos são fronteiriços à Venezuela. Dessa forma, tudo indica que os aumentos observados decorrem de exportações direcionadas ao vizinho país – pequenas em relação ao total nacional, mas significativas para as duas UFs.
Em decorrência dessa expansão, a Região Norte foi a única entre as cinco a fechar o bimestre com resultados positivos tanto no volume embarcado (+285%) como na receita cambial auferidal (+433%). A Região Centro-Oeste, graças a Mato Grosso do Sul e ao Distrito Federal registrou expansão no volume, mas sua receita cambial foi inferior à do ano passado.
A registrar, ainda, que, além de Amazonas e Roraima, apresentaram crescimento expressivo os embarques de carne de frango cuja Unidade Federativa de origem não foi identificada. No primeiro bimestre de 2020 foram cerca de 15 mil toneladas, volume que neste ano subiu para quase 300 mil toneladas, perto de 1.800% a mais.
Por Avisite
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