NASA vai pagar mais de R$ 150 mil para quem identificar algas tóxicas em fotos

A NASA está oferecendo um montante de mais de R$ 150 mil reais em prêmios para quem conseguir identificar e classificar algas tóxicas utilizando fotografias do espaço e o Google Maps.

O projeto chamado de desafio “Tick Tick Boom” está aberto para todos os cientistas cidadãos interessados em participar. Os participantes devem analisar imagens de corpos d’água e observar se há floração de algas.

O valor total desta campanha promocional é de US$ 30 mil dólares. Os prêmios variam de acordo com a colocação, sendo o primeiro lugar premiado com US$ 12 mil, o segundo lugar com US$ 9 mil, o terceiro lugar com US$ 6 mil e mais duas categorias de bonificação com prêmios de US$ 2 mil e US$ 1 mil (o montante total é equivalente a R$ 150 mil reais na cotação atual). O concurso está aberto para pessoas de todo o mundo, exceto de países com sanções comerciais dos EUA e é necessário ter 18 anos ou mais para participar.

A NASA estuda algas tóxicas devido ao impacto ambiental que causam, bloqueando a luz solar abaixo da vegetação e causando esgotamento de oxigênio debaixo d’água. Elas também podem liberar toxinas perigosas para seres humanos e vida selvagem.

O CDC dos EUA alerta que o contato com essas algas pode causar problemas de saúde, como sintomas semelhantes aos da gripe, irritação na pele e problemas respiratórios e gastrointestinais.

Sobre a floração de algas tóxicas

As florações de algas são crescimentos massivos de algas microscópicas ou fitoplâncton que geralmente ocorrem como resultado de um aumento de nutrientes. Quando essas florações ocorrem em corpos d’água interiores, elas podem causar danos significativos aos ecossistemas marinhos, bloqueando a luz solar abaixo da vegetação e esgotando todo o oxigênio na água.

Além disso, a proliferação de algas cianobacterianas frequentemente produz toxinas, o que pode ser perigoso para os seres humanos e a vida selvagem que bebam ou nadem nessas áreas. Estas são conhecidas como florações de algas nocivas (HABs).

Fóssil de estromatólito de 3,4 bilhões de anos com cianobactérias.
Fonte da imagem: Museu Nacional de História de Los Angeles

NASA esta usando IA para identificar algas

A NASA está utilizando a Inteligência Artificial para detectar florações de algas. De acordo com a agência espacial, a técnica normalmente utilizada, a coleta manual de amostras da água, é demorada e difícil de ser feita em larga escala. Por isso, a NASA está recorrendo ao uso de imagens de satélite para detectar a proliferação de algas.

Os cinco melhores desempenhos nesta competição serão convidados a apresentar um breve resumo de sua metodologia de modelagem. Um prêmio bônus será concedido aos dois melhores artigos, conforme selecionados por um painel de jurados com base em fatores como interpretabilidade e robustez do modelo“, disse a NASA em comunicado.

A classificação fornecida pelos participantes da competição será utilizada para treinar um algoritmo de Inteligência Artificial capaz de identificar a ocorrência de florações de algas em imagens de satélite. Isso permitirá que os gerentes de qualidade da água saibam de onde tirar amostras e descubram mais rapidamente quais áreas podem ou não ser seguras para consumo humano.

Como participar?

Para participar deste desafio, basta seguir as orientações abaixo e garantir a sua vaga. Os 5 melhores desempenhos nesta competição serão convidados a enviar um breve resumo de sua metodologia de modelagem. Um prêmio bônus será concedido aos dois melhores artigos, conforme selecionados por um painel de jurados com base em fatores como interpretabilidade e robustez do modelo. Sei os passos a seguir para participar do desafio “Tick Tick Boom”:

  1. Acesse o site oficial da campanha, Clique no botão “Participar da competição” na barra lateral para se inscrever na competição.
  2. Familiarize-se com o problema através da página sobre e da descrição do problema. Você também pode querer fazer referência a alguns dos recursos adicionais da página sobre.
  3. Baixe os dados da guia dados.
  4. Crie e treine seu próprio modelo. O post do blog de benchmark é um bom lugar para começar.
  5. Use seu modelo para gerar previsões que correspondam ao formato de envio.
  6. Clique em “Enviar” na barra lateral e, em seguida, em “Fazer novo envio”. Você está dentro!

Este desafio foi criado em nome da NASA com a colaboração da NOAA, EPA, USGS, Unidade de Inovação em Defesa do DOD, Berkley AI Research e Microsoft AI for Earth.

Por Vicente Delgado – AGRONEWS®

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