Nada como um grão de soja atrás do outro.
Essa analogia faz com que entremos na máquina do tempo e voltemos a um passado recente, recheado de no mínimo, falta de educação, impaciência e muitas invejas orquestradas pelos dirigentes do agronegócio num evento em início desse Governo.
No começo da gestão, para relembrar, Mendes e comitiva foram açoitados por um movimento orquestrado que constrangeu a todos, inclusive eleitores esperançosos que foram às urnas dando crédito e um basta no desastre que deixava o Paiaguas, numa alusiva tentativa de desestabilizar um governo chegando e mandando um recado de algumas figuras carimbadas de que “ MT é nosso, mandamos e terão que se curvar”… O tempo passou e essa mesma turma, se rendeu a seriedade e a austeridade que eram um caminho irreversível para retomada do desenvolvimento no Estado… Ontem estavam perfilados batendo??????
2 anos e meio depois, recheados de incentivos não esperados, revisadas concessões até então condenadas, logística para atendimento sonhada realizando-se e soja a R$ 170,00, graças ao mercado e muitos avanços por estas bandas, a tchurma bate aplaude, estica tapete vermelho e se alinha no périplo da puxação de saco, sentida por MM, que no seu silêncio de pensamento, deve ter sido tomado provavelmente como” tô dando o troco”, em pleno aniversário de Lucas do Rio Verde, território marcado pelo setor no dia de ontem… Boa Governador, lavagem de alma é delicioso hein?
Aqueles mesmos críticos que condenavam sem sequer dar a oportunidade da tão necessária virada, estavam na fila ajoelhados , na ânsia de ganhar um sorriso, um afago e talvez até o perdão do Governador.
Tomando pancadas do setor no início do governo, enfrentando privilégios, tendo que ser impopular com muitos seguimentos, Mendes colocou rumo no Estado e está fazendo com que os homens do agro, abaixem as cabeças e reconheçam que nem seus mais representativos dirigentes não conseguiram fazer pela poderosa classe e pelo produtivo Estado o que esta gestão vem fazendo numa velocidade inesperada… Tem que rir dos caras agora né?
A manifestação, dessa vez voluntária, traz à baila que o dever de casa foi feito e que chegou a hora do lucrativo setor mostrar que “essa gente bronzeada do serrado precisa mostrar seu valor”e devolver um pouco aos desassistidos que passam ao largo das necessidades tão díspares entre esses dois mundos tão adversos.
Recentemente a fila de ossos que tomou conta do noticiário internacional, revelou que este contraste não pode fazer sentido nos limites do mundo à parte chamado MT que é o Estado que mais cresce no Brasil e que, se tiver engajamento dos barões do Agro, poderiam colaborar com mais energia para aliviar os menos favorecidos por aqui.
Sugeri num artigo a época, que os patrões das colheitadeiras, possuidores de frotas de caminhões, terras que parecem mar e dinheiro sobrando nos cofres, fizessem uma ação que seria a distribuição de ovos, gratuitamente em todos os polos de pobreza espalhados nos seus reluzentes calcanhares.
Trocariamos os vergonhosos ossos por um produto mais nutritivo, de fácil e barata aquisição, de transportar e distribuir e que custaria uma merreca para esses caras.
Ovos de graça para todos.
Chegou a hora do beija mãos se transformar também em ação para quem precisa.
Facil deles fazerem essa gracinha.
Mauro Mendes, cheio de moral e podendo falar grosso com esse pessoal, devia lhes “sugerir” a montagem e encampação da “AGROOVOS”, a cooperativa da devolução a quem mais precisa bancada, patrocinada e sustentada, de forma mais que voluntária e sem nenhum fim lucrativo ou interesses, por esses atores dos aplausos de ontem.
Só uma ideia.
Dar nutrição, bancada pelo super negocião, que está enricando cada dia o campo sem olhar pro povão.
Por: Halisson Lasmar – jornalista e publicitário e acredita que podemos fazer mais com menos.