Computados os números mais recentes do IBGE, relativos ao terceiro trimestre de 2018, constata-se que a produção brasileira de ovos de galinha dos nove primeiros meses do ano superou a casa dos 2,6 bilhões de dúzias, aumentando 8,11% em relação ao mesmo período de 2017 e atingindo novo recorde do setor.
Do total produzido, cerca de 80% – 2,120 bilhões de dúzias – corresponderam a ovos destinados ao consumo. Ou seja: os ovos de incubação representaram pouco mais de 20% da produção total, somando 533,7 milhões de dúzias.
Embora viesse, esporadicamente, levantando dados sobre a produção de ovos para incubação, só a partir de 2018 o IBGE formalizou esse tipo de levantamento. Assim, não há dados mensais anteriores sobre a produção do setor, o que impossibilita avaliar o incremento ou retração anual de um e outro segmento (consumo e incubação).
De toda forma, a queda de participação do ovo fértil em alguns momentos deste ano sugere que o incremento registrado na produção de ovos de consumo pode ter sido superior ao índice indicado pelo levantamento.
Não custa ressalvar que os levantamentos trimestrais do IBGE relativos à produção de ovos de galinha se restringem às granjas com plantel mínimo de 10 mil poedeiras. Portanto, os resultados obtidos não refletem integralmente a produção brasileira.
Aliás, o próprio IBGE reconhece esse fato. Recentemente, mencionando que existe levantamento mais próximo da realidade – aquele que levanta a produção em níveis municipais – o órgão estimou que cerca de 22% da produção de ovos de galinha provêm de criações cujo plantel é inferior a 10 mil poedeiras.