Para o ovo, o mês de junho tem sido – historicamente e com raras exceções – o segundo melhor momento de preços de cada exercício. Ou seja, excetuados os picos alcançados no período (variável) de Quaresma, não é nas Festas que ele obtém melhor remuneração, mas no encerramento do primeiro semestre
Tal comportamento poderia ser atribuído à chegada do Inverno, com seus dias mais curtos, baixa luminosidade e, portanto, menor produção. Mas os dados do IBGE indicam que, quando há baixas no volume produzido, elas não são tão significativas a ponto de gerar grande valorização do produto. Seria, então, uma questão de consumo?
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Tudo indica que sim. Pois, no mês de encerramento do semestre, ocorrem em todo o Brasil, nas cidades e nos mais recônditos sertões, as festas juninas, evento que – com uma infinidade de pratos típicos – torna o mês dos santos Antônio, João e Pedro um dos maiores momentos de consumo de ovos do ano.
Com a pandemia, em 2020 não houve festas juninas. Como também esteve ausente do mercado outro grande consumidor do produto, a merenda escolar. Com isso, os preços alcançados nos últimos dias de junho último estiveram entre os mais baixos dos últimos cinco anos. E o valor médio do mês (pouco mais de R$81,00/caixa pelas cargas fechadas do ovo branco do tipo extra comercializado no atacado da cidade de São Paulo), mesmo apresentando valorização de, aproximadamente, 14% sobre junho de 2019, retrocedeu ao menor patamar dos últimos cinco meses, ficando acima, apenas, da remuneração obtida em janeiro.
De toda forma, graças à forte valorização experimentada nos meses de fevereiro e março, o ovo completa a primeira metade de 2020 com um valor médio quase 30% superior à média anual de 2019.
Por Ovosite
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