A evolução de preços em julho deste ano segue caminho totalmente inverso ao verificado em mesmos períodos anteriores
Em julho do ano passado os preços se mantiveram estabilizados na maior parte do tempo, retrocedendo apenas na parte final do mês e encerrando o período com valor 3,6% abaixo do recebido no início do mês.
Analisando o mês de julho por um período mais longo se verifica que na última década, o preço médio diário seguiu o padrão normal verificado na atividade na maioria dos outros meses do ano, ou seja, melhora gradativa na primeira quinzena com o consumidor capitalizado e declínio na segunda quinzena com a perda da capacidade aquisitiva do consumidor. Nesse sentido, retrocede para um preço médio até 2% abaixo do alcançado no início do mês. Entretanto, já inicia leve processo de recuperação no último dia de julho.
Em julho deste ano as condições são desafiadoras para o setor de postura comercial. A produção de ovos é muito maior pelo forte crescimento no volume de matrizes em produção. Além disso, o custo é muito superior ao ano passado pelo aumento nos preços do milho e farelo de soja.
Considerando que o mês traz o recesso escolar e a redução no produto destinado à merenda escolar e, também, que os negócios têm sofrido alterações devido aos jogos do Brasil na copa do mundo na Rússia, será preciso esforço ainda maior do produtor de ovos para encontrar o equilíbrio necessário entre oferta e demanda.
Por ora, a involução predomina nestes primeiros dias de julho e já se apresenta 7% abaixo do praticado na abertura do mês. Isso, em plena semana de recebimento dos salários e com preços bem inferiores aos do ano passado.
Lá, o preço médio diário de abertura foi de R$84,00 e permaneceu estabilizado. Neste ano, abriu em R$71,00 e já se encontra em R$66,00.