Cerca de dois meses atrás, o AviSite observou que “forte demanda interna leva à queda das exportações de ovos férteis”, o que, em síntese,antecipava aumento na produção interna de pintos de corte
E isso, de fato, ocorreu: em abril passado, o volume diário registrado pela APINCO em seus levantamentos mensais aumentou 6% em relação ao mês anterior, desempenho que representou produção ligeiramente superior a 529 milhões de cabeças, quase 13% a mais que o registrado um ano antes.
O índice de expansão foi, sem dúvida, elevado. Mas antes de qualquer conclusão é fundamental lembrar que em abril de 2018 o setor enfrentava os desdobramentos da segunda fase da Operação Carne Fraca e, com eles, problemas de exportação para a União Europeia e Arábia Saudita.Ou seja: a ordem, então, era “pisar no freio”. Tanto que o volume do período recuou quase 8% em relação a abril de 2017.
Por sinal, tomando como base o que se produziu em abril de 2017 (perto de 509 milhões de pintos de corte), constata-se que volume deste ano é apenas 4% superior. Mas não só isso, pois comparativamente ao que foi registrado três anos antes, em abril de 2016, o volume de abril de 2019 é 2% menor, visto que naquela época foram produzidos 541 milhões de pintos de corte (a média mensal de 2016 foi de 537,5 milhões de cabeças).
Considerados os quatro primeiros meses do ano a produção brasileira de pintos de corte chega aos 2,1 bilhões de cabeças, volume 4,02% superior ao registrado no mesmo quadrimestre do ano passado. Porém, comparativamente ao que se produziu no primeiro quadrimestre de 2016 (2,201 bilhões de pintos de corte, até aqui recorde para esse período) o acumulado atual é 4,26% inferior.
Negativo, também, é o volume produzido nos últimos 12 meses. Pois os pouco mais de 6,150 bilhões de pintos de corte acumulados entre maio de 2018 e abril de 2019 se encontram cerca de meio por cento aquém do registrado em idêntico período anterior.
Fonte: Avisite