Com alta no insumos para confinamento, produtor deve calcular até que ponto é economicamente viável aumentar o peso das carcaças.
Cada vez mais, o confinamento mostra-se uma estratégia indispensável para tornar a pecuária mais rentável. Em todas as formas de praticar a atividade, seja como negócio ou quando avaliada como estratégia dentro da fazenda, um dos pontos determinantes para maior ou menor lucratividade da operação é o ponto ideal de abate.
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
O importante é sabermos que nos dias atuais temos tecnologias que nos permitem abater animais mais pesados que a média observada no país, que segundo o IBGE é em torno de 18 arrobas.
A questão é: até quanto é viável economicamente para o produtor aumentar o peso das carcaças produzidas?
No cenário atual, onde o custo com alimentação tem grande impacto no custo de produção, o sucesso da operação está na busca do equilíbrio entre eficiência biológica e eficiência econômica.
Analisando do ponto de vista técnico, animais mais pesados tendem a ter maior exigência e menor eficiência. Quanto maior o peso corporal, maior a exigência de energia para mantença. Isso significa que o animal mais pesado precisa comer maior quantidade de energia para manter suas atividades vitais.
Eficiência na conversão
Além da maior exigência de mantença, já é sabido que animais, após atingirem o máximo de deposição, apresentam menor eficiência, o que implica em maior custo. Ou seja, animais abatidos mais pesados propiciam carcaças mais pesadas, porém com menor eficiência de ganho (Pazdiora et al., 2013).
Apesar de a melhor eficiência biológica ser obtida com animais abatido mais leves (16,6 arrobas), a melhor lucratividade foi observada nos animais abatidos com peso de 20,6 arrobas.
Essa análise nos mostra que a decisão do ponto ótimo de abate deve ser tomada considerando não só a melhor eficiência biológica, mas o custo da diária alimentar e o valor da arroba negociada. Assim, a decisão será em função da rentabilidade e não do custo mínimo de produção.
Ponto de abate
É importante lembrar que a remuneração do pecuarista é sobre o peso da carcaça, não do animal vivo. O pecuarista deve utilizar métricas que avaliem desempenho relacionadas à deposição de carcaça, e assim, terá maior assertividade na tomada de decisão.
Por Amanda Oliveira é Zootecnista, Doutora em Nutrição Animal
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
Leia também: https://agronewsbrasil.com.br/boi-da-dinheiro-desde-que-haja-planejamento-e-gestao-afirmam-especialistas/