Após o sucesso da campanha do manejo de resistência de fungicidas nas safras 2014/15 e 2015/16, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) lançou neste mês a campanha “Antirresistência”. O objetivo da associação é orientar os produtores sobre o uso correto para o controle de ameaças à lavoura.
Desta vez, além de abordar a necessidade do uso de fungicidas, também estão inclusas as recomendações de utilização de herbicidas e inseticidas com diferentes modos de ação.
“É inegável o sucesso da campanha do manejo de resistência. O produtor entendeu e está cada vez mais ciente, colocando em prática o que propagamos nas últimas duas safras. Agora, resolvemos ampliar o objetivo, mostrando que a prática de usar produtos diferentes evita que a resistência dos fungos, pragas e plantas daninhas nas lavouras aumente”, explica o diretor técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas.
O produtor, segundo o diretor técnico, tem que entender que o uso de fungicidas, herbicidas e inseticidas têm relação direta com o que acontece na lavoura. “A situação é preocupante e os produtores têm que ter conhecimento e, principalmente, consciência da necessidade de intercalar produtos com diferentes modos de ação”, reforça.
A Aprosoja também lembra que nos últimos anos a ciência tem tido dificuldade para encontrar novas moléculas e criação de novos princípios ativos. Somado a isso, há burocracia. “Temos esses dois pontos: tanto a dificuldade de novos herbicidas e inseticidas como os trâmites demorados junto aos órgãos nacionais na regulamentação de um novo produto. Por isso mesmo, temos que preservar o que temos hoje, utilizando sempre diferentes modos de ação”.
Campanha – A campanha “Antirresistência” tem como parceiras a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e o Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas (Irac).