O mês em que historicamente se tem aumento de consumo de carne e, consequentemente, de preços destes produtos, em 2016, outubro está terminando com os cortes sem osso com desvalorização de 3,6% em 30 dias.
O mercado de carne bovina dá uma boa noção do tamanho da crise pela qual passamos este ano, já que a elasticidade renda do produto é elevada, o que indica alta sensibilidade a estes momentos.
Diante disso, em 45 semanas pesquisadas até aqui, os preços dos cortes caíram em 60,0% delas. A cotação média atual cresceu menos que a metade do avanço da inflação do período, 3,7% contra 8,7% do IPCA.
E tem ficado claro que sem consumo de carne não há alta nos preços da arroba do boi gordo, pode faltar boi terminado ou o resultado dos frigoríficos bater recorde.
Nos últimos sete dias, a margem da indústria se manteve entre 24,0% e 25,0% graças aos reajustes nos preços de subprodutos e derivados e a queda da arroba do boi gordo.
Resta aguardar agora os meses de novembro e dezembro, que também são bons períodos para venda dos varejistas. Sendo efetivo este comportamento, abrimos espaço para altas nos preços da arroba do boi gordo, já que agora, com resultados melhores, acima da média histórica, a indústria consegue pagar mais pelas boiadas.
Fonte: Scot Consultoria