No mercado do trigo, preços estão estáveis e liquidez segue em baixa, veja mais informações a seguir
O mercado do trigo enfrenta desafios significativos, destacando-se a baixa liquidez que tem caracterizado o final deste ano. Esta conjuntura tem mantido os preços do cereal em uma variação mínima, enquanto produtores e moinhos buscam estratégias para se adaptar a esse panorama.
A falta de dinamismo no mercado é evidente, especialmente no que diz respeito à liquidez do trigo. Produtores que ainda possuem lotes do trigo PH 78 permanecem firmes em relação aos valores estabelecidos, criando uma estabilidade peculiar nos preços. Contudo, essa estabilidade é desafiada pela reticência dos moinhos em aumentar suas atividades de compra, o que contribui para a manutenção do ritmo lento no setor.
Perspectivas da demanda e a influência Argentina
Do lado da demanda, observa-se uma redução nas atividades dos moinhos, que demonstram cautela ao adquirir novos lotes. A atenção desses agentes econômicos está voltada para a possível intensificação na importação de trigo da Argentina, prevista para o início de 2024. A competição de preços promete ser um fator determinante nesse cenário.
Enquanto as atividades de colheita nacional se aproximam da conclusão, registrando 99,9% de conclusão da área, segundo dados da Conab, algumas áreas de Santa Catarina ainda aguardam a retirada das últimas safras. A conclusão da colheita não elimina os desafios enfrentados pelo setor, especialmente diante da perspectiva de uma possível intensificação nas importações.
O mercado do trigo encerra o ano com baixa liquidez e preços estáveis. Produtores e moinhos enfrentam a necessidade de se adaptar a um cenário imprevisível, marcado pela possibilidade de importações da Argentina. Enquanto a colheita nacional se aproxima do encerramento, as perspectivas para o início de 2024 permanecem cercadas de incertezas.
Na análise anterior vimos que, “Os preços do trigo continuam a enfrentar declínios, apesar das recentes projeções indicando uma redução na produção do cereal. Este cenário desafiador é impulsionado, principalmente, pelo ritmo lento de aquisição de novos lotes por parte dos moinhos, que estão reduzindo suas operações neste fechamento de ano”. Clique aqui para ver esta análise na íntegra.
Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio será promovido em março de 2024
Uma nova edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio está marcada para 19 de março de 2024
O evento, idealizado pelo Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio – IBDA, fomentará um amplo debate sobre os desafios jurídicos e regulatórios do setor, em um contexto de mudanças na geopolítica global, de insegurança alimentar e energética, e de medidas por parte de países e de empresas para alcançar a neutralidade de carbono.
Diante desse cenário, o agro brasileiro precisa ocupar uma posição central na geopolítica global, atuando fortemente para garantir a segurança alimentar mundial. Desse modo, será preciso conhecer e compreender as iminentes pressões sobre a demanda alimentar e desenvolver um ambiente regulatório alinhado a esse propósito.
Por isso, a 4ª edição do Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio trará avalições e reflexões sobre quatro temas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do setor no país: Agronegócio e Mercado de Capitais – A Regulamentação do FIAGRO; Direito de Propriedade, Função Social e Contratos Agrários; Gestão de Risco, Seguro e Recuperação Judicial; e Transição Verde: Bioeconomia e Instrumentos Jurídicos.
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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