O mercado da soja continua a desafiar produtores e investidores, com oscilações significativas marcando a última semana. Enquanto algumas altas pontuais trouxeram alívio, a tendência predominante aponta para quedas, desafiando as expectativas do setor.
A semana foi marcada por uma montanha-russa de variações nos preços internos da soja. Embora tenha havido momentos de otimismo impulsionados pelo ritmo acelerado das exportações e pela menor produtividade nas primeiras colheitas, as quedas persistiram. Essa dinâmica complexa foi influenciada por diversos fatores, desde a disponibilidade regional da commodity até as demandas internas enfraquecidas.
O desempenho das exportações desempenhou um papel crucial nas flutuações dos preços. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam um notável aumento nas remessas de soja. Apenas na parcial de janeiro, até o dia 19, os portos brasileiros embarcaram 1,95 milhão de toneladas da oleaginosa. Este número impressionante representa um aumento significativo de 132,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa forte demanda externa trouxe momentos de estabilidade ao mercado, mas não foi suficiente para conter a tendência de baixa.
Enquanto as exportações ofereceram certo alívio, os desafios internos persistem. A disponibilidade crescente no Mercosul, combinada com uma demanda interna mais fraca, contribuiu para a pressão descendente sobre os preços. Além disso, a incerteza em relação à produção nacional tem mantido os produtores em uma posição cautelosa. Dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que apenas 4,7% da colheita foi concluída até 20 de janeiro, um aumento em relação aos 2% registrados no mesmo período do ano passado. Essa hesitação entre os sojicultores reflete as preocupações com o potencial produtivo das lavouras e suas consequências para o mercado.
Na análise anterior vimos que, “Em Mato Grosso no município de Primavera do Leste, a cotação encerrou a semana por R$ 105,20 saca. Essa semana inicia-se à espera de melhores cotações para o mercado interno”. Clique aqui para ver mais desta análise.
Norte do Paraná enfrenta abortamento da soja. Em algumas propriedades onde a chuva não caiu, a perda da safra pode chegar a 100%.
A produção de soja no norte do Paraná, região conhecida por sua contribuição significativa para o agronegócio brasileiro, enfrenta desafios substanciais devido às condições climáticas adversas. O baixo volume de chuva e as altas temperaturas registradas entre a semana do Natal de 2023 e os primeiros dias de 2024 impactaram severamente as lavouras, resultando em um quadro preocupante de abortamento de soja.
Segundo o Climatempo, o período crítico, que compreendeu as últimas semanas de dezembro e os primeiros dias de janeiro, foi caracterizado por um volume insuficiente de chuva e temperaturas elevadas. Propriedades agrícolas na região experimentaram uma irregularidade significativa nas precipitações, com algumas áreas registrando chuvas abaixo da média. Essa situação desafiadora gerou um ambiente propício para o abortamento da soja. Clique aqui para ver na íntegra.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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