Valorização da pluma de algodão é impulsionada pela demanda e pela força do dólar, veja mais informações a seguir.
O mercado do algodão em pluma viveu um mês de novembro marcado por expressiva valorização, com os preços retomando os patamares observados em agosto de 2024. Segundo o indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, o preço da pluma registrou alta de 3,35% ao longo do mês, encerrando no dia 29 a R$ 4,0654 por libra-peso. Esse é o maior valor alcançado desde 6 de agosto deste ano, consolidando um cenário de recuperação relevante para o setor.
A elevação dos preços está diretamente associada a dois fatores principais: a crescente demanda pela pluma e a valorização do dólar frente ao real. A alta da moeda americana impactou positivamente a paridade de exportação, tornando o mercado externo ainda mais atrativo para os vendedores. Como consequência, muitos produtores optaram por direcionar a produção para exportação, restringindo a oferta no mercado interno e contribuindo para o aumento dos preços.
Dólar forte e estratégias comerciais
O fortalecimento do dólar exerceu um papel estratégico nesse movimento de alta. Com a moeda americana em ascensão, os exportadores de algodão se beneficiaram de melhores margens ao negociar no mercado internacional. Essa conjuntura pressionou os preços no mercado interno, uma vez que os vendedores se mostraram firmes em suas ofertas, aproveitando o contexto de menor oferta local.
Do outro lado da equação, compradores com necessidades mais urgentes de reposição se viram obrigados a aceitar os novos patamares de preços. Essa disposição para pagar valores mais altos reflete não apenas a pressão do mercado, mas também a antecipação de um possível cenário de maior valorização no futuro próximo.
O desempenho do algodão em novembro reforça a importância do monitoramento das variáveis cambiais e da dinâmica de oferta e demanda. O mercado internacional segue sendo um ponto de referência estratégico para produtores brasileiros, especialmente em momentos de alta do dólar.
Com o final do ano se aproximando, o setor observa de perto os desdobramentos econômicos e climáticos que podem impactar a próxima safra e a competitividade do produto brasileiro no mercado global. Em um ambiente de volatilidade cambial e incertezas no comércio internacional, a capacidade de adaptação dos players do setor será determinante para manter o algodão brasileiro em evidência nos mercados interno e externo.
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