Pres. da Aprosoja Brasil estima “grande quebra” na safra 23/24

Presidente da Aprosoja afirma que “Os números oficiais não são oficiais na realidade” pelo que se pode perceber na produção brasileira e estima “grande quebra” na produção

O presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, compartilhou uma análise preocupante da situação enfrentada pelos produtores rurais no Paraná, fato bem semelhante ao que estamos vivenciando no Mato Grosso, destacando a desconexão entre a realidade do campo e os números oficiais divulgados recentemente. “O que é que nós podemos esperar de uma safra? Com certeza uma grande quebra. Os números oficiais não são oficiais na realidade, pelo que se espelha a nível de Brasil.“, afirma Galvan.

Pres. da Aprosoja Brasil mostra realidade da produção

Em um vídeo gravado hoje(10) especialmente para o Agronews, o presidente da Aprosoja expressou suas apreensões em relação à safra brasileira e ressaltou que os desafios não se limitam apenas ao Mato Grosso e ao Paraná, mas se estendem por diversas regiões do país. Aperte o play no vídeo abaixo e confira!

Ilusão de uma safra promissora

Em sua visita no Paraná, durante uma breve passagem por Toledo, Galvan gravou um vídeo destacando a aparência enganosa das lavouras. Que, apesar de uma umidade razoável e uma aparente boa condição, na realidade a produção enfrenta sérios desafios com a baixa produtividade e plantio tardio. Como ele mesmo cita, a região de Cascavel, por exemplo, foi agraciada com chuvas recentes, mas, mesmo assim, a umidade ainda é insuficiente para garantir uma safra saudável.

Nesse contexto, o presidente da Aprosoja Brasil observou a oscilação climática que tem caracterizado a atual temporada de cultivo. Inicialmente, a falta de chuva prejudicou o desenvolvimento das lavouras, mas, a partir do ano novo, a situação inverteu-se, com excesso de chuvas comprometendo as plantações. “É bom lembrar que tínhamos falta de chuva, mas a partir do ano novo pra cá, há sobra de chuva perdendo lavouras justamente pelo excesso de chuva.” Essa situação é uma realidade que não se restringe apenas ao Paraná, mas afeta diversas regiões do Brasil, incluindo Mato Grosso.

Galvan enfatizou que as dificuldades enfrentadas não estão limitadas ao Paraná. Regiões como Rio Grande do Sul e Santa Catarina já apresentam sinais de escassez de umidade, comprometendo as expectativas de colheita. A incerteza em torno da dimensão exata desses impactos torna-se evidente em um cenário nacional em que as condições climáticas variam significativamente de uma região para outra.

Realidade x Estatísticas

O presidente da Aprosoja Brasil questionou os números oficiais divulgados por entidades como o USDA e a Conab. Para Galvan, esses números não refletem a dura realidade enfrentada pelos agricultores brasileiros. A discrepância entre a situação no campo e as estatísticas oficiais aponta para a necessidade de uma análise mais aprofundada e precisa da safra.

Abaixo você pode ver outras matérias que mostram um panorama da produção em Mato Grosso, maior estado produtor do país. É importante acessar para entender o que está acontecendo e porque essa situação obrigou cerca de 1/3 dos municípios do estado a decretarem Situação de Emergência:

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O depoimento de Antonio Galvan oferece uma visão realista da safra brasileira, destacando os desafios complexos que os produtores enfrentam em diferentes partes do país. A oscilação climática, que vai da falta à abundância de chuvas, apresenta um cenário imprevisível e reforça a importância de uma abordagem cuidadosa ao analisar e interpretar os números oficiais. A preocupação do presidente da Aprosoja Brasil ressalta a necessidade de medidas estratégicas e de apoio para garantir a sustentabilidade e a resiliência do setor agrícola brasileiro. Continue acessando o Agronews, pois vamos te atualizando com novos fatos sobre produção agropecuária no Brasil.

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