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Pressões externas abalam os preços do milho

No mercado do milho, grão enfrenta desafios em meio a quedas externas e dólar, veja mais informações a seguir

O milho enfrenta ventos contrários. A semana passada testemunhou uma nova queda nos preços do grão nos portos do país, com pressões vindas tanto do mercado externo quanto do dólar. Essa reviravolta no mercado tem sido acompanhada com atenção, deixando produtores e investidores em alerta.

Apesar das quedas recentes, os preços em Paranaguá (PR) e em Santos (SP) ainda se mantêm acima dos valores registrados no mercado interno. Isso continua a atrair o interesse de uma parcela significativa de produtores, que optam por focar em negócios voltados para a exportação. Um resultado direto desse movimento é a intensa atividade de embarques no momento.

Dados da Secex revelam que, em apenas 14 dias úteis de outubro, o Brasil já exportou 5,89 milhões de toneladas de milho. Isso representa impressionantes 87% do total exportado no mesmo mês do ano anterior, que foi de 6,78 milhões de toneladas. Com o ritmo diário atual mantido até o final de outubro, o país poderá superar as estimativas iniciais da Anec (Associação Nacional de Exportadores de Cereais) de 8,2 milhões de toneladas, somando um total de 8,84 milhões de toneladas exportadas.

Outro aspecto relevante é a variação na margem bruta de processamento (MBP) das usinas de etanol de milho em Mato Grosso. Em outubro de 2023, até o dia 27, a MBP média fechou em R$ 630,66 por tonelada, representando uma queda de 7,65% em relação ao mês anterior.

A redução da MBP é impulsionada, principalmente, pela diminuição de 5,63% no preço do etanol hidratado no estado, devido à maior oferta de etanol e à redução no preço da gasolina. É importante notar que, embora essa seja a média mais baixa de 2023 até o momento, a MBP ainda é 99,87% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Para se ter uma ideia da extensão da retração, o preço do milho em Mato Grosso, no mês de outubro (parcial até o dia 27/10), ficou cotado na média de R$ 35,27 por saca, o que representa uma desvalorização impressionante de 45,96% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na análise anterior diz, “As negociações com milho estão em lentidão. A cautela prevalece entre os compradores, que evitam fechar grandes volumes do cereal. Essa postura é justificada pela elevada safra nacional e pelo reduzido volume comercializado até o momento”Clique aqui para saber mais desta análise.

Vetos ao Marco Temporal: Proprietários Rurais SEM INDENIZAÇÃO

Com os Vetos do presidente Lula ao Marco Temporal, proprietários rurais em terras indígenas podem ser desapropriados sem direito a indenização

Em outubro de 2023, o Brasil viu a promulgação da Lei 14.701, que buscava redefinir o processo de demarcação de terras indígenas. Contudo, essa lei foi parcialmente vetada pelo Presidente Lula, trazendo consigo um debate ardente sobre os impactos dessa decisão. A Dra. Alessandra Panizi, especialista em Direito Ambiental, destaca os principais vetos presidenciais e as implicações que eles têm.

Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.

Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®

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