Volume deve ser o segundo melhor resultado da série histórica
Com variação positiva de 3,4% em relação à safra passada e aumento de 7,7 milhões de toneladas, a produção de grãos no Brasil no período 2018/2019 está estimada em 235,3 milhões de toneladas. Os dados foram revelados pelo 7º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira (11).
Soja, milho, arroz e algodão principais culturas produzidas no país, representam 94,5% da safra. O aumento de área dessas culturas, com exceção do arroz, contribuiram para a elevação de 2,1% em relação à safra anterior, chegando à marca de 63 milhões de hectares.
Em relação à produção, a soja é estimada em 113,8 milhões de toneladas, podendo alcançar o título de terceira maior safra da série histórica, mesmo com redução de 4,6% frente à safra anterior, que foi recorde. A área plantada da soja nesta safra cresceu 1,8%, correspondendo ao plantio de 35 milhões de hectares.
O que também contribui para o desempenho da safra atual foi a melhora na produção de milho na segunda safra. A colheita prevista do milho total em 94 milhões de toneladas representa aumento de 16,5% comparada à última safra, com a ajuda do milho segunda safra, que registra cerca de 68,1 milhões de toneladas.
Para o superintendente de Informações do Agronegócios da Conab, Cleverton Santana, o resultado tem como aliado o aumento de área plantada. “Enquanto o milho primeira safra perdeu espaço para feijão, cana-de-açúcar e pastagens, o outro foi favorecido pela antecipação da colheita da soja e pela possibilidade do aproveitamento integral da janela climática, criando a expectativa de bons rendimentos na lavoura”. A área da primeira safra sofreu redução de 1,3%, mas o da segunda cresceu 6,1% referente ao período anterior, observou.
Em relação a outras culturas, o algodão em pluma pode alcançar 2,6 milhões de toneladas, com elevação de cerca de 32% frente à safra 2017/18, e com acréscimo de 35% na área plantada, chegando a 1,17 milhão de hectares. Já o arroz registrou produção de 10,7 milhões de toneladas, com queda de 11,7% na área, que também teve redução de 13,5%.