A expectativa foi de fechar o ano de 2020 com 4,25 milhões de toneladas produzidas de carne suína, um crescimento que pode chegar até 6,5% em relação ao ano passado. O consumo interno se manteve estável, com destaque para os embarques rumo aos mercados da Ásia
A suinocultura brasileira teve um crescimento importante em sua produção em 2020. As estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de um crescimento variável entre 4% e 6,5%, atingindo uma marca de algo próximo a 4,25 milhões de toneladas. Em 2019, o total produzido de carne suína foi de 3,9 milhões de toneladas. Já o consumo per capita deve se manter estável, permanecendo em torno de 15,3 kg/habitante/ano.
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“O impulso das exportações e a manutenção dos níveis de consumo no mercado interno apontam para a elevação dos volumes de produtos este ano. O drive, claro, são as fortes elevações de vendas para o mercado asiático, incluindo China, Hong Kong, Vietnã e Cingapura”, ressalta Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O cenário indica um volume de produção interna superior em cerca de 300 mil toneladas em relação ao registrado em 2019, alta direcionada majoritariamente às exportações.
“O crescimento deste ano é resultado de ganhos de produtividade e também da ampliação de algumas granjas ocorridas desde o final de 2018, em função exatamente da demanda da China, logo após o surto de Peste Suína Africana no país asiático”, explica Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
Os resultados podem ser comemorados, pois 2020 trouxe os mais severos desafios para todo o setor produtivo. A pandemia de Covid-19 paralisou parte da economia brasileira por um período. Economia a qual já não apresenta bons índices.
“A Covid-19 num primeiro momento, entre março e maio de 2020, com as medidas restritivas e fechamento de restaurantes e bares, determinou uma queda drástica na procura pela carne suína, sendo que muitas granjas tiveram que reter animais ou vender por preço muito abaixo do custo”, indica Lopes.
Segundo análise do presidente da ABCS, aos poucos a demanda foi retornando à normalidade e, a partir de junho, as margens se tornaram positivas, não somente pelo mercado interno, mas também pelas exportações em volumes recorde.
Fonte: Acrismat
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