No mercado do milho, consumo interno está em alta, veja mais informações a seguir
Enfrentando um cenário desafiador, a produção brasileira de milho projeta uma queda em 2024. Contudo, contrapondo essa tendência, setores estratégicos como a indústria de proteína animal e o robusto segmento de etanol derivado do grão vislumbram um possível aumento no consumo interno. O equilíbrio entre oferta e demanda, essencial para o mercado do milho, pode ser alcançado com a diminuição nas exportações, impactadas pelo menor excedente.
Os preços do grão no início de 2024 estão notavelmente abaixo dos registrados há um ano, criando um contexto que reduz as margens dos agricultores. Esse panorama, somado às incertezas relacionadas aos possíveis impactos do El Niño sobre a produtividade, tem desencorajado alguns produtores a aumentarem a área destinada à semeadura. Alguns já indicam que não pretendem expandir suas operações, apontando para uma possível redução na oferta futura.
Perspectivas no Mercado Futuro
Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), os valores futuros do milho sinalizam patamares mais elevados no segundo semestre. Essa perspectiva pode representar uma oportunidade para produtores e investidores, mas também ressalta a volatilidade e a complexidade do mercado. Como as oscilações são inevitáveis, os agentes devem estar atentos às tendências e tomar decisões estratégicas para maximizar seus resultados.
Na análise anterior vimos que, “A produção recorde de milho em 2023 surpreendeu o mercado, desafiando as expectativas iniciais. Inicialmente, os preços eram sustentados pela menor reserva de passagem e pela instabilidade climática no Sul do Brasil, impactando a primeira safra. Apesar do cultivo tardio na segunda safra, as condições climáticas favoráveis surpreenderam, resultando em uma produção sem precedentes ao longo do ano-safra”. Clique aqui para ver mais desta análise.
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Presidente do Sindicato Rural de Água Boa alerta sobre as perdas previstas na ordem dos 30% e orienta quais estratégias o produtor deve adotar diante da crise.
Água Boa e mais 26 municípios, que são importantes polos agropecuários do estado, enfrentam desafios consideráveis na produção agrícola devido à escassez de chuvas. Esta situação levou estes municípios a decretarem Estado de Emergência. Confira os detalhes mais importantes nesta matéria especial!
Água Boa em Estado de Emergência
O presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Geraldo Delai, em Mato Grosso, expressou recentemente a situação crítica enfrentada pelos produtores da região devido à escassez de chuvas. Em uma entrevista ao Agronews, ele destacou as dificuldades causadas pelas condições climáticas adversas, afirmando que “nossas perdas no ano passado são muito relevantes” e estimando uma perda em torno de 30% em diversas lavouras.
Aperte o play no vídeo abaixo para conferir o depoimento do presidente.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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