Cinco dias úteis foi o prazo dado pelos produtores para o posicionamento. Em áudio a produtora Marta Cibele Lacerda Marquezam, faz um desabafo sobre a atividade leiteira e você vai conferir no final desta matéria.
A qualquer momento os produtores de leite do oeste de Mato Grosso podem receber a resposta oficial sobre o abaixo-assinado entregue por eles aos laticínios na semana passada, reivindicando o pagamento do litro de leite a R$ 1,37.
Na quinta e sexta-feira da semana passada os produtores protocolaram o documento na Câmara Temática do Leite da Assembleia Legislativa do Estado, em Sindicatos de Trabalhadores Rurais e de Produtores Rurais dos vários municípios e também junto aos laticínios e cooperativas de toda a região. Entre hoje e segunda-feira, portanto, devem obter a tão aguardada resposta.
Se for positiva, o movimento deve aproveitar a união inédita para encaminhar a criação de uma associação que represente todos os produtores de leite da região. Se a resposta for negativa, o primeiro passo, segundo os organizadores, é realizar uma audiência pública para encaminhar a paralisação.
Os produtores são unânimes em afirmar que não desejam a greve, esperam a abertura de um diálogo com os laticínios, mas pelas conversas no whatsapp é possível perceber a firmeza com que defendem a solução radical se a resposta for negativa. Soltar a bezerrada no pasto, segundo eles, compensa mais que continuar na atividade.
Tudo começou em uma audiência pública realizada no mês de outubro em Araputanga com cerca de 500 produtores. A discussão principal foi a de que nessa região os produtores vinham recebendo cerca de 20 centavos a menos por litro de leite do que os laticínios estavam pagando no restante do Estado. A partir dali, os produtores se organizaram em grupos de whatsapp e começaram a coletar assinaturas de porta em porta para exigir o reajuste pelos laticínios. Os organizadores calculam que conseguiram a assinatura de mais de 50% dos produtores de leite da região.
Marta Cibele Lacerda Marquezam, produtora de leite junto com o marido em Pontes e Lacerda, é uma das mais atuantes no whatsapp. Com 25 vacas em lactação, produz diariamente cerca de 150 litros. Ouça o que ela pensa da continuidade da produção e a sucessão familiar:
Fonte: Portal DBO