Produtores de leite de várias partes do país usam as redes sociais para reunir assinaturas em abaixo-assinado com a intenção de encaminhar ao presidente Jair Bolsonaro.
Para entender melhor esta situação é importante que você veja qual o motivo e as principais reivindicações do setor, assista os depoimentos de alguns produtores que já haviam se manifestado antes.
O movimento intitulado CONSTRUINDO LEITE BRASIL, que se mobiliza para defender os anseios da atividade leiteira, em um dos Grupos de Whatsapp, divulgou nesta manhã(31), um abaixo-assinado contendo as pautas principais do movimento, entre as mensagens postadas antes do compartilhamento do documento, podemos destacar algumas de interesse comum:
“Pedimos rastreabilidade para o leite importado, depois de fracionado que o leite importado também tenha no mínimo 50% do tempo de validade; isto porque leite vencendo vendem por qualquer preço”;
“Vai continuar entrando do Uruguai e Argentina leite em pó, UHT, queijo, etc. Reduzir o custo é a nossa única chance para continuar na atividade”;
“O Comércio dentro do Mercosul não tem imposto. O governo pelo acordo do Mercosul não pode, mas a tarifa externa de 28% para países fora do Mercosul pode”;
“Pedimos também a renovação da tarifa antidumping para Nova Zelândia e União Europeia”;
Além destas manifestações via Whatsapp, circulam na internet outros vídeos de depoimentos, manifestos e reivindicações.
“ESTÁ ACONTECENDO UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA NO LEITE”, esta foi a declaração feita pelo economista Paulo do Carmo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado Leite, avaliando a movimentação do setor.
Por que como maior exportador de carne bovina, o Brasil ainda tem de importar leite? Quais foram as consequências da greve dos caminhoneiros para o setor lácteo? Como se comportou durante 2018? Estas perguntas foram respondidas em uma entrevista concedida ao Cenário Agro e você pode conferir logo abaixo:
Este é o link da entrevista: “ESTÁ ACONTECENDO UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA NO LEITE”
Abaixo você confere a transcrição literal divulgada hoje(31/01/2019) nos grupos do Whatsapp com a distribuição do documento:
??? ATENÇÃO ???
SEGUE EM ANEXO UM ABAIXO ASSINADO, ESTA INICIATIVA PARTIU DE UM GRUPO O QUAL PARTICIPO ONDE REUNI PRODUTORES DE LEITE DE RS, SC, MG, PR, GO, RJ E QUEREMOS RECOLHER O MAXIMO DE ASSINATURAS POSSÍVEL, PEÇO AS LOJAS AGROPECUÁRIAS PRESENTE NOS GRUPOS QUE FAÇAM COPIAS E DISPONIBILIZEM NOS BALCÕES PARA SEUS CLIENTES ASSINAREM E REPASSEM AOS SEUS CONTATOS, QUEREMOS ATINGIR TODOS OS ESTADOS, MUNICÍPIOS DO BRASIL. SEGUE ORIENTAÇÕES NO RODA PÉ DO DOCUMENTO.
VAMOS UNIR FOÇAS. NINGUÉM IRÁ CALAR O PRODUTOR DE LEITE.
No cabeçalho do documento encontramos a justificativa do manifesto e a solicitação ao presidente Jair Bolsonaro para a desoneração da cadeia produtiva do leite, revisão da Lei 12.669 e inclusão do Commodity Leite a BM&F.
O documento ainda esclarece os principais anseios da categoria, veja:
“Venhamos através deste manifesto, expressar o anseio dos milhares de produtores de leite do Brasil, em este governo reconhecer os danos causados pelas altas taxas tributarias (PIS, CONFINS, FGTS, INSS e FUNRURAL). Rogamos a Vossa Excelência, que o Brasil demonstre apoio aos Produtores de Leite, ressaltando a nossa preocupação quanto a posição brasileira, insistindo em não reconhecer os inegáveis prejuízos causados pela carga tributária e revisar os escapes que a Lei 12.669 proporciona as empresas de beneficiamento e comercio de laticínios.”
O portal AGRONEWS BRASIL tentou contato por telefone, com o presidente da ABRALEITE, Sr. Geraldo Borges, quando inciaram as manifestações em dezembro do ano passado, mas ele não quis se manisfestar. Estamos aguardando um posicionamento oficial da entidade a respeito deste movimento.
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Por Vicente Delgado | AGRONEWS BRASIL