Há algum tempo o querido amigo, o advogado Eduardo Mahon, mantinha uma página de entrevista dominical no suplemento cultural do jornal Diário de Cuiabá. Teve a gentileza de me convidar pra ser o seu entrevistado. Nossa conversa foi longa e resgatou a antropologia política que construiu a nossa sociedade e o Estado brasileiro.
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Em 1500 a Coroa portuguesa enviou a terceira linha dos seus burocratas pro fim do mundo. Aqui eles ganharam vida e espaço. As gerações seguintes foram mais burocratas e militares de baixíssima patente. Uma burocracia estatal desse nível não produziria grande coisa. Os três governadores gerais, a partir de 1548, não melhoraram a qualidade da gestão da Coroa. Ao contrário. Trouxeram os seus protegidos e se estabeleceu a burocracia da proteção “dos meus”.
Daí pra frente o Império e a República não mudaram o tom. O Estado tornou-se a fonte do enriquecimento individual, das famílias, dos troncos familiares e dos negócios. Nada no Brasil floresceu desde então que não tenha aproveitado a sombra larga e generosa dos recursos públicos.
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