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Projeto de veículo flexfuel híbrido pode trazer viabilidade econômica do etanol como combustível e importância para a mitigação das emissões, destaca Nitin Gadkari, ministro de Transportes Rodoviários e Rodovias da Índia.
O dia 11 de outubro ficará marcado na Índia como um grande marco nas metas de descarbonização do país asiático: o lançamento do projeto-piloto de veículo flex fuel híbrido a partir de modelo Corolla importado do Brasil.
Veículo flexfuel híbrido
O evento, que contou com a participação de diversas autoridades locais, estreitou ainda mais a relação entre indianos e brasileiros para a promoção dos biocombustíveis na Índia, tendo como base a larga experiência do Brasil.
Nitin Gadkari, ministro de Transportes Rodoviários e Rodovias do país asiático, deu destaque à viabilidade econômica do etanol como combustível e a sua importância para a mitigação das emissões e transição energética do setor de transportes. Gadkari ressaltou que a Índia tem superávit de açúcar, milho e arroz, e que o uso de biocombustíveis seria uma forma de incrementar o setor agrícola indiano de 6% a 8%.
O ministro de Transportes da Índia também falou sobre veículos elétricos, de hidrogênio e a gás natural, dando ênfase na importância das soluções múltiplas para o setor. Fez questão também de destacar a liderança do Brasil nos biocombustíveis e suscitou, mais uma vez, a possibilidade de cooperação bilateral em sustainable aviation fuels (SAF) e bioplásticos de etanol.
Bhupendra Yadav, ministro do Meio Ambiente e Mudança do Clima, disse que os biocombustíveis serão importantes para o cumprimento das metas de descarbonização da Índia.
Diante dos dados, as autoridades indianas corroboraram a percepção positiva acerca dos múltiplos benefícios dos biocombustíveis.
Missão brasileira
A Toyota do Brasil aderiu à Missão Brasileira na Índia em abril deste ano, que contou com a delegação de líderes do governo brasileiro, da Unica, e representantes da indústria automotiva e de bens de capital nacional, com o objetivo de construir uma agenda integrada para apresentar alternativas pela redução de emissões na matriz de transporte veicular na Índia, com destaque para os biocombustíveis e veículos com tecnologia flexfuel, utilizados no Brasil há quase duas décadas.
“Tivemos sucesso na missão de demonstrar ao governo indiano uma das possibilidades mais viáveis em termos de mobilidade sustentável: a tecnologia híbrida flex, desenvolvida por engenheiros brasileiros e produzida no País há quase três anos. Estamos entusiasmados por contribuir para que a Índia, um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo, também possa colher os frutos dessa tecnologia que está pronta e que contribui para a neutralidade de carbono”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
“O etanol é uma opção moderna e sustentável para a mobilidade, capaz de gerar impactos positivos imediatos na segurança energética, na saúde pública por meio da redução da poluição local e nas emissões de gases de efeito estufa (GEE), por isso, essa iniciativa da Toyota de oferecer essa tecnologia inovadora e limpa é fundamental para ajudarmos o governo indiano a tornar-se um grande player no cenário asiático da descarbonização”, afirma Evandro Gussi, presidente da Unica.
No encontro, foi assinado o Memorando de Entendimento entre Toyota Índia e o Indian Institute of Science (IISc) para análise das emissões de carbono dentro do contexto indiano e das vantagens do híbrido flex fuel na avaliação de “well-to-wheel”. Os testes que serão realizados com o automóvel importado do Brasil serão fundamentais para a anunciada política de promoção do flex fuel na Índia, inclusive quanto à decisão sobre o E85 e o E100.
Etanol avança na Índia
Em setembro, especialistas do setor sucroenergético da Índia e do Brasil se reuniram em Nova Delhi, no evento ISMA DATAGRO Sugar and Ethanol Conference 2022, para tratar do aumento da produção e do uso do etanol no país asiático. O Brasil vem apresentando à Índia seu know-how na tecnologia de biocombustíveis, com objetivo de contribuir com a agenda de descarbonização dos transpores do país asiático.
Fonte: DATAGRO
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