Qualidade do algodão brasileiro será atestada por novo laboratório

Com investimento de R$ 9 milhões, estrutura criada pela Abrapa e Iba fará auditorias nos resultados de outros laboratórios

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Instituto do Algodão (Iba) anunciaram na quarta-feira (24/5), durante a abertura do Clube da Fibra FMC, no Rio de Janeiro, que o país terá oficialmente, a partir de julho, um Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que fará auditorias nos resultados apresentados pelos 14 laboratórios que existem no país e que já realizavam testes de qualidade.

Arlindo Moura, presidente da Abrapa, explicou que os 14 laboratórios realizam testes obrigatórios no algodão exportado, mas esses resultados podem diferir um dos outros e a existência de um centro que possa equalizar esses números, que atestam a qualidade exigida pelos importadores, é uma garantia para o produtor. “Esses testes analisam a cor, impurezas, comprimento, grossura e resistência da pluma. O mercado externo exige padrões de qualidade…os laboratórios passam a enviar 1% das amostras para o centro e se houver divergência, serão feitas contra provas”, explica Moura.

A Abrapa e o Iba investiram R$ 9 milhões no centro, que fica em Brasília. A iniciativa faz parte de um programa de qualidade da Abrapa, lançado no ano passado, para garantir a padronização e a qualidade da fibra brasileira. “A qualidade da fibra e a credibilidade do setor são fundamentais para os negócios no mercado externo”, afirma. “Um dos reflexos diretos da qualidade e seu controle é o prêmio pago pelo algodão brasileiro”.

O centro contará com duas máquinas com capacidade de análise de 800 amostras por dia (cada uma) e podem checar uma quantidade até duas vezes a safra atual de algodão, em torno de 1,5 milhão de toneladas. No começo de maio, uma carga de algodão produzido na Bahia e em Goiás (115 fardos) foi recebida para testes de checagem, rechecagens e determinação de parâmetros oficiais. “Os resultados apresentados pelos laboratórios terão que ser os mesmos dos resultados obtidos no centro”.

Fonte: Revista Globo Rural

 

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