Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, a criação de cavalo no país mantém crescimento e chegou próxima a 6 milhões de cabeças de equinos em 2020
Os números não são precisos e há uma grande possibilidade de estarem superestimados, mas é um bom referencial que temos do segmento equestre, não só para o planejamento público e privado desse importante setor do agronegócio nacional, mas para toda a comunidade acadêmica e o público em geral. Segundo Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho equino do Brasil cresceu 1,9% em 2020, comparado com os dados do ano anterior, somando 5.962.126 milhões de cabeças de cavalos.
Os dados foram obtidos pela Rede de Coleta do IBGE, mediante consulta a entidades públicas e privadas, produtores, técnicos e órgãos ligados direta ou indiretamente à produção, comercialização, industrialização, fiscalização, fomento e assistência técnica à agropecuária. O objetivo é fornecer informações sobre os efetivos da pecuária existentes nos municípios na data de referência do levantamento, 31 de dezembro, constituindo uma fonte de estatística sobre o tema.
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A pesquisa também faz um levantamento por estados e regiões. Minas Gerais, por exemplo, permanece em evidência, mesmo apresentando uma pequena redução em seu efetivo, seguido de Mato Grosso, com crescimento expressivo, saltando da 5° para a 2° posição. Já o Rio Grande do Sul se mantém entre os três estados de maior representatividade em números de animais na criação nacional.
Cabe destacar que em 2020 a equideocultura brasileira também foi bastante influenciada pelos impactos causados pela pandemia de Covid, devido às restrições na promoção de provas, exposições e leilões, e até mesmo por ocasião do aumento no preço dos insumos agropecuários, refletindo diretamente na criação. Mesmo diante desse cenário, o real crescimento do efetivo de equinos apresentado pela PPM nos mostra que, de certa forma, o impacto foi absorvido, sem que houvesse prejuízo significativo para o setor equestre.
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Embora os dados divulgados pela PPM 2020 sejam de grande importância para nortear o tamanho e distribuição da tropa nacional, cabe uma crítica pontual e construtiva com relação à abrangência da pesquisa frente à relevância econômica do segmento equestre. Há tempos a PPM deixou de pesquisar os efetivos de asininos e muares, espécies de importância notória para o setor, haja vista a existência de grandes entidades de controle e fomento desses animais e das atividades que os envolvem. Como exemplo temos a Associação Brasileira de Criadores de Jumento Pêga (ABCJPêga), Associação dos Muladeiros do Oeste Goaino (AMOG) e a Associação Brasileira de Provas de Muares e Equinos de Marcha (ABPMEM).
Nosso desafio agora é buscar mais qualificação para esses números, de forma que não reste nenhuma dúvida sobre a representatividade do mercado da equideocultura dentro do agronegócio nacional. Sem dúvida nenhuma, isso ajudará a evidenciar a força e valor do segmento, cujo potencial de crescimento econômico ainda é pouco explorado.
Por Equiagroconsultoria
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