Carro-chefe das exportações brasileiras de carne de frango – mais de 60% do volume embarcado no primeiro trimestre de 2017 – os cortes são também o principal gerador de renda do setor. E não só pelo aumento de volume (+3,66% em relação ao mesmo trimestre de 2016), mas, sobretudo, pela excepcional recuperação do preço médio, quase um quarto superior ao de um ano atrás.
No sentido inverso – isto é, com queda de volume e de preço e, por decorrência, da receita cambial – apenas a carne de frango salgada. Que fechou o trimestre com embarque 2,64% menor e teve seu valor médio reduzido em 2,75%, combinações que redundaram em uma receita 5,32% inferior à do trimestre inicial de 2016.
Como, porém, a participação da carne salgada é relativamente pequena no total exportado – 3,95% do volume total e 4,89% da receita cambial acumulada no trimestre – seu desempenho pouco afetou os resultados do período. Mas para que esses resultados fossem efetivamente positivos contribuíram também, além dos cortes, o frango inteiro e os industrializados.
A exemplo da carne salgada, os industrializados têm, igualmente, pequena participação nas exportações: no trimestre, 4,15% do volume exportado e 6,16% da receita total. Mas apresentaram incremento tanto no preço médio (+5,20%) como no volume exportado (+15,63%).
O incremento de volume do frango inteiro foi menos exuberante: apenas 1,21% a mais. Mas como a evolução do preço médio foi mais significativa (+14,32%), sua receita aumentou quase 16%. No trimestre, o item representou 31,15% do total exportado e 28,46% da receita cambial auferida.
Fonte: AgroLink